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Feijão para de subir com a chegada da segunda safra


27/03/2019

Os preços médios do feijão na terceira semana de fevereiro foram 77% superiores aos da mesma semana de janeiro para os consumidores paulistanos. Já na terceira de março, em relação à terceira de fevereiro, a alta foi de apenas 4%.

 

Mero jogo estatístico. Isso significa que o preço do feijão continua alto, embora tenha parado de subir vertiginosamente, como ocorria semanas antes. A leguminosa deverá fechar o primeiro trimestre deste ano com evolução superior a 100%.

 

Os números são da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e foram divulgados nesta terça-feira (26).

 

Os dados acima são chamados de ponta a ponta e comparam os valores médios de uma semana com os de igual semana do mês imediatamente anterior. Esse critério mostra os passos mais recentes dos preços do produto.

 

A Fipe, porém, normalmente divulga as suas informações na forma quadrissemanal. Ou seja, os preços médios das últimas quatro semanas comparados aos das quatro imediatamente anteriores. Nesse critério, a alta do feijão ainda é de 25%.

 

Os dias de alta acentuada do produto, porém, podem estar no fim, pelo menos nas próximas semanas, embora o feijão vá manter preços aquecidos durante todo o ano.

 

A produção brasileira e a necessidade de consumo não vão se equilibrar. O país deverá consumir 3,2 milhões de toneladas, e o consumo atingirá 2,8 milhões. Pelo menos 400 mil toneladas terão de vir de fora, segundo o analista Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

 

O mercado de feijão apresenta esse cenário de preço alto porque a primeira safra, a mais importante, foi afetada por problemas climáticos e registrou forte queda na produção.

 

Neste final de março começa a chegar ao mercado feijão da segunda safra. Somado o volume da primeira com o da segunda, a oferta será de 2 milhões de toneladas. Normalmente a produção desse período é de 2,6 milhões, segundo o analista.

 

O início da chegada do feijão da segunda safra ao mercado já provocou um alívio nos preços. Nos períodos mais críticos de oferta deste ano, a saca chegou a R$ 400. Agora já está inferior a R$ 300 nas lavouras.

 

Se não chover, a oferta de produto da segunda safra crescerá em abril e em maio. Já a terceira, praticamente irrigada, terá um volume próximo de 750 mil toneladas, abaixo do potencial.

 

O cenário é ruim para o consumidor, mas não para o produtor. Após os prejuízos do ano passado, ele deverá obter renda neste ano, segundo Brandalizze.

 

Fonte: Folha de S.Paulo


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