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ARTIGOS

Paulo Rossi
Presidente da UGT-PARANÁ, do SINEEPRES e Secretário de Relações Internacionais da FENASCON


Copa do Mundo 2014 - Nada justifica atos de vandalismo


20/06/2014

Apesar de não ter sido entrevistado por algum desses vários institutos de pesquisas, faço parte da maioria dos brasileiros que foram contra a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, e, por consequência, dos gastos exorbitantes, superfaturados ou não, que infelizmente os contribuintes terão que arcar com a conta.

 

Mas como cidadão não posso concordar com os atos de vandalismo praticados durante os jogos. Em Curitiba, cidade que escolhi para viver e trabalhar, estudantes(sic) da respeitada Universidade Federal do Paraná, travestidos de "black blocs", simplesmente resolveram promover depredações, destruindo lojas, agências bancárias e pichando ônibus, que transportam quem realmente estuda e trabalha, provavelmente muitos pais e mães desses “pseudo estudantes”.

 

Me pergunto: O que esperar no futuro de um aluno que promove tais atitudes? Com essa formação como se comportará um  provável juiz, um médico ou outro profissional? Será que respeitará os princípios éticos da profissão que escolheu?

 

A democracia plena requer  respeito às pessoas e às instituições. Será que esses baderneiros não sabem que quem vai pagar a conta, por exemplo, de um banco destruído, serão os próprios correntistas, pois nas várias taxas cobradas, já estão previstos tais prejuízos??

 

Será que não sabem que, ao depredar um ônibus de transporte coletivo, quem pagará a conta é o próprio contribuinte, pois as empresas apresentarão ao município tais prejuízos nas planilhas do preço da passagem?

 

Por quê, quando o Brasil apresentou sua candidatura para sediar o mundial 2014, esses movimentos não se manifestaram contra os jogos? Será porque o então presidente Lula recebia boa parte desses baderneiros para convescotes e ninguém se levantava  contra o Rei?

 

Que eventos como este mundial, promovido por uma entidade privada (Fifa), às custas do erário público, possam servir para refletirmos sobre o nosso papel como cidadãos e que antes dos governantes jogarem nosso dinheiro fora, adotem os vários exemplos de países realmente honestos e democráticos, como, por exemplo, a Suíça, que realiza plebiscitos com a população antes de qualquer ação que gere gastos desnecessários para o país e seus cidadãos.

 

2016 está próximo e teremos as Olímpiadas. Assim como esses movimentos não se manifestaram contrários no momento adequado, será que teremos mais badernas e destruição do patrimônio público? Reflitamos e nos preparemos para isso.

 

Paulo Rossi

Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT-PARANÁ) e Secretário de Relações Internacionais da Fenascon.

 

 




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