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Carta de São Paulo


23/06/2015

Durante o 3º Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores, que reuniu mais de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, além de representantes de sindicatos internacionais e autoridades, foi aprovada a Carta de São Paulo:

 

Carta de São Paulo

Com a presença de 3.527 delegados, representando 1.357 entidades sindicais filiadas de todo o Brasil, de 48 delegações internacionais, de renomados intelectuais e de expressivas personalidades do mundo artístico e cultural, o 3° Congresso Nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), realizado no Palácio de Convenções do Anhembi, na capital paulista, representou um significativo avanço da nossa compreensão dos problemas que afetam o país, contribuiu decisivamente para clarificar os desafios colocados para o movimento sindical e permitiu uma maior e melhor formulação de nossas propostas para a construção de uma sociedade democrática que valorize os trabalhadores e promova o bem estar social de todo o povo brasileiro.

 

O Congresso realizado nos dias 16, 17 e 18 de Junho, reelegeu por unanimidade o sindicalista Ricardo Patah.

 

A UGT, em seus oito anos de existência, sai mais forte deste já seu histórico Congresso. Prova incontestável disso foi a aprovação pela Plenária Deliberativa das Resoluções do 3° Congresso Nacional da UGT, documento este que, sob o ponto de vista dos trabalhadores, apresenta propostas concretas para a realização do sonho comum de mais democracia, liberdade, valorização do trabalho e desenvolvimento sustentável com justiça social, dentro de um mundo que desejamos pacífico, justo, desenvolvido e fraterno entre todos os povos do mundo.

 

A conjuntura nacional é desfavorável aos trabalhadores: recessão econômica, queda dos investimentos, escalada inflacionária, elevação dos juros, aumento do desemprego, piora do déficit externo, ampliação da precarização das relações trabalhistas e de todos os serviços públicos, aumento do endividamento das famílias, crescimento das amortizações e juros pagos por conta da dívida pública, retração do consumo e aumento da tributação, principalmente nas costas dos trabalhadores, e retirada de históricos direitos trabalhistas por parte do governo federal.

 

Não aceitamos a perda de nenhum direito trabalhista. O trabalhador não pode pagar pela crise. A UGT afirma que para se alcançar o equilíbrio fiscal tão desejado, basta o governo cortar na própria carne, combater a corrupção e a sonegação fiscal dos grandes grupos econômicos e taxar de fato a renda e propriedade dos milionários deste país.

 

Por isso, a  UGT defende uma Agenda Democrática de Desenvolvimento Sustentável com Valorização do Trabalho e da Podução para o Brasil que, em síntese, significa:

 

A ruptura com o atual modelo econômico-financista e recessivo;

 

aprofundamento da democracia e a prevalência dos valores e fundamentos da República;

 

crescimento econômico com distribuição de renda;

 

modernização produtiva com justiça social;

 

desenvolvimento com respeito à sustentabilidade ambiental;

 

eliminação das desigualdades regionais, dos déficits sociais e de todo tipo de preconceito;

 

reformas democráticas e estruturais (política, tributária, judiciária, fiscal, previdenciária, educacional, agrária, urbana, logística, infraestrutura financeira e administrativa das três esferas públicas: municípios, estados e União);

 

desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia e integração soberana, ativa e competitiva da economia brasileira à economia mundial;

melhora dos serviços públicos prestados ao cidadão e à cidadã;

 

valorização do trabalho e defesa dos direitos trabalhistas, previdenciários, do emprego e da renda;

 

validade dos princípios éticos da vida pública e prevalência dos interesses públicos sobre os privados.

 

Através do árduo trabalho desenvolvido por todos os seus dirigentes sindicais e pelo seu indeclinável e inegociável compromisso com os interesses maiores dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro, a UGT consolidou-se nos últimos oito anos como um continente seguro, firme, solidário, fraterno, democrático, plural e combativo dentro da geografia sindical brasileira.

 

Nosso crescimento é quantitativo e qualitativo, pois a UGT é fruto da unidade e não da divisão que marcou tristemente a história do movimento sindical brasileiro e mundial.

Mais do que nunca, relembramos as sábias, construtivas e históricas palavras do nosso Manifesto de Fundação, que irretorquivelmente afirma que “a UGT é, assim, a casa comum de todos, trabalhadoras e trabalhadores que, lutando ombreados, abraçam a sabedoria e a esperança como as bases para a construção de um futuro melhor, democrático e humanista, um futuro em que o sorriso sobrepuje as lágrimas; a solidariedade destrua o egoísmo; a felicidade reine sobre a dor; a paz vença a guerra; a abundância relegue a escassez aos livros da pré-história da humanidade; a liberdade aniquile a opressão; a corrupção seja debelada; a ciência impere sobre o obscurantismo, e o ser humano, enfim, possa ver no outro não um inimigo, mas um amigo leal, fraterno e solidário”.

 

Viva a União Geral dos Trabalhadores!

Viva o povo Brasileiro!

 

São Paulo, 18 de junho de 2015

3 Congresso Nacional da UGT

 


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