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Dilma sela reaproximação com Obama com oferta sobre clima


01/07/2015

Após dois anos de 'gelo', presidentes trocam declarações de confiança e promessas de parceria

 

Brasileira incrementa metas sobre florestas na última hora para obter agenda positiva; americano elogia

 

A presidente Dilma Rousseff anunciou que o Brasil tem como meta zerar o desmatamento ilegal até 2030, com restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares dentro desse prazo.

 

Em encontro com o presidente Barack Obama na Casa Branca nesta terça (30), os dois líderes se comprometeram a atingir individualmente 20% de participação de fontes renováveis --excluindo geração hidráulica-- em suas respectivas matrizes elétricas até 2030.

 

Dilma resolveu três dias antes que seria necessário apresentar uma meta mais ambiciosa no comunicado conjunto de mudança climática para ter uma agenda positiva na viagem, contraponto à crise política doméstica.

 

Mudança climática era a prioridade de Obama, que quer fazer do tema um dos legados de sua Presidência e tenta influenciar China, Índia e Brasil para chegar a um resultado satisfatório na Conferência do Clima de Paris.

 

O anúncio, porém, fica aquém do desejado pela Casa Branca, que esperava metas de cortes nas emissões de gases estufa.

 

"Agradeço a nosso parceiros brasileiros por anteciparem algumas de suas metas para reduzir emissões, incluindo planos substanciais para eliminar desmatamento ilegal", disse Obama, na visita que marcou a reaproximação após dois anos de relações estremecidas após vir à tona que a inteligência americana espionava Dilma.

 

Os presidentes se reuniram por mais de uma hora no Salão Oval da Casa Branca. Depois, fizeram uma declaração e responderam a jornalistas.

 

Obama selou a reaproximação afirmando que o Brasil é um "parceiro absolutamente indispensável" e uma "liderança global, não apenas regional".

 

A visita de Dilma a Washington seria realizada em outubro de 2013, mas foi cancelada depois do escândalo de espionagem. Indagada pela imprensa americana sobre o tema, repetiu que o episódio já estava superado. "O presidente Obama me garantiu que, quando precisasse de alguma informação sobre o Brasil, me telefonaria."

 

DOIS MOMENTOS

 

Os dois líderes pareciam relaxados e à vontade no encontro, em contraste com a primeira visita da presidente ao americano, em 2012.

 

Na entrevista, enquanto Obama era indagado sobre "a melhor semana de sua vida", com a aprovação do casamento gay e de sua reforma da saúde pela Suprema Corte, além de uma via rápida para aprovação de acordos comerciais, Dilma foi constrangida com perguntas a Obama sobre o peso da crise política no Brasil sobre o relacionamento entre os dois países.

 

Mas Obama foi enfático em seu apoio à presidente. "Confio nela completamente. Ela cumpriu o que prometeu", disse, referindo-se aos acordos de cooperação em defesa que eram de interesse americano e foram anunciados.

 

Dilma retribui o gesto, elogiando a medida que deve ser um dos maiores legados de Obama em política externa: a reaproximação com Cuba. "É um momento decisivo na relação com a América Latina; muda o patamar do relacionamento dos EUA com toda a região", disse, sem deixar de alfinetar e aludindo ao antagonismo americano com a Venezuela: "É um padrão que deve ser seguido".

 

Fonte: Folha de S. Paulo


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