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Rodoviários protestam contra violência nos ônibus de Belém


12/02/2016

Rodoviários liderados pela chapa "Oposição Rodoviária", com apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT-Pará), realizaram um protesto, no dia 27 de janeiro, que fechou os cruzamentos da Rodovia Arthur Bernardes e Avenida Pedro Álvares Cabral, no bairro do Telégrafo, em Belém. O motivo da manifestação são os constantes assaltos a ônibus ao longo das duas artérias, e que ocorrem a qualquer hora do dia, noite ou madrugada, inclusive com registros de mortes e ferimentos de motoristas e cobradores, além de passageiros que têm seus pertences roubados e ainda são humilhados pelos bandidos.

 

Inicialmente, a manifestação fechou apenas a Rodovia Arthur Bernardes, mas, à medida que as horas iam se passando e aumentando o engarrafamento, os ânimos foram se exaltando e a Pedro Álvares Cabral terminou sendo fechada também, o que gerou muito bate-boca entre manifestantes, dirigentes sindicais e transeuntes. Contudo, muitos moradores do Telégrafo e Barreiro disseram apoiar o movimento, tendo em vista que os assaltos acontecem quase todos os dias e os assaltantes quase nunca são identificados e presos.

 

Durante a manifestação, quando dezenas de ônibus de variadas empresas foram estacionados no meio das pistas para impedir o tráfego de outros veículos, um homem que não chegou a ser identificado, jogou uma pedra que quebrou o vidro traseiro de um dos ônibus.

 

Segundo os sindicalistas Edilberto Ventania e Faustão Castro, a manifestação era para chamar atenção das autoridades sobre o perigo de vida que vivem motoristas, cobradores e passageiros de ônibus. Eles também disseram que, muitas vezes, são obrigados a ressarcir as empresas quanto aos valores levados pelos ladrões, não obstante o fato de sempre comunicarem os roubos nas unidades policiais mais próximas da ocorrência do crime. Por isso, a ideia era não abrirem as ruas enquanto não houvesse uma manifestação oficial sobre os fatos.

 

O sindicalista José Francisco Pereira, presidente da UGT-Pará e da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviço dos Estados do Pará e Amapá (Fetracom-PA/AP), cujos integrantes também faziam coro à manifestação, viabilizou para que uma comissão de rodoviários fosse recebida em audiência e ouvida pelo secretário adjunto de Segurança Pública, Hilton Benigno. A reunião aconteceu no princípio da tarde, tendo os rodoviários e a militância da UGT e Fetracom liberado as duas pistas por volta das 14h. O secretário adjunto explicou que ficou sabendo das manifestações e garantiu que providências estão sendo tomadas no sentido de aumentar o policiamento não apenas nas artérias denunciadas pelos rodoviários, como também, em outros pontos, como zona metropolitana, pois também são constantes os assaltos a ônibus na Rodovia BR-316. Inclusive, outra manifestação foi feita na tarde de ontem, em meio a fortes chuvas, nessa estrada que é o principal corredor de acesso à capital paraense.

 

De acordo com o sindicalista Nildo Matos, diretor de Comunicação da UGT-Pará, a central sindical se fez presente à manifestação por considerar justos os argumentos dos rodoviários, que saem para trabalhar, mas não sabem se voltarão para casa, já que os ataques são constantes. "Os bandidos embarcam nos ônibus, puxam as armas e já começam a saquear todo mundo; eles estão dispostos a tudo, a matar, a morrer. Alguma coisa precisa ser feita urgentemente, porque ninguém mais aguenta este estado de coisas", esclareceu.

 

 




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