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Comerciários de Contagem mobilizam cipeiros e técnicos


23/05/2016

Os  comerciários de Contagem (sindicato filiado à União Geral dos Trabalhadores) reafirmaram a disposição de enfrentar o desafio de conscientizar toda a categoria do valor da saúde e segurança nos ambientes de trabalho. O II Encontro de Comerciários Cipeiros de Contagem (Encomcip) reeditou o debate da primeira edição do evento, ao mobilizar integrantes de Comissões Internas de Prevenção de Acidente (CIPA), técnicos e engenheiros de segurança, junto a especialistas e palestrantes especialmente selecionados para focalizar a questão, em evento realizado no sábado (21/05), nas dependências da Nova Faculdade.

 

Em seguida à abertura formal do encontro, a Companhia do Solo Teatro Empresarial antecipou a intensão do II Enconcip, quando apresentou o espetáculo “Saúde e Segurança do Trabalhador”.

 

OS EFEITOS DA HISTÓRIA BRASILEIRA

 

A pretensão do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Varejista e Atacadista de Contagem (Sintracc) começou a ser exposta na palestra do pedagogo e sindicalista Wagner Xavier, que apresentou exposição sobre o desenvolvimento histórico do Brasil. Ele demonstrou que os fatos que marcaram os rumos do país, ocorreram tardiamente e retardaram o desenvolvimento do país, comparativamente à outras nações.

 

Xavier mostrou que a elite brasileira conseguiu promover uma revolução somente em 1930, o que a faz atrasada mesmo em pequenas concessões, normais em outros países, e encontra dificuldade de aceitar questões simples, como a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CIPA).

 

PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO

 

Cláudio Ferreira Santos, presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho de Minas Gerais (Sintest-MG), qualificou o seminário como um avanço, para discutir questões da ordem do dia, que vão além da mera tarefa de identificar cipistas com capacidade de liderar grupos.

 

O sindicalista defendeu o papel da CIPA na investigação dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais, cujo desdobramento se dá na reabilitação do trabalhador e no retorno dele ao trabalho, que não do INSS, em ação que vai além do prevencionismo imaginado.

 

Para ele, a ação integrada entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) com os profissionais do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) e os integrantes da CIPA, podem resultar em avanços concretos na questão da prevenção na segurança do trabalho, como a formulação de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) do MPT baseados nas atas das CIPAs e nos pareceres técnicos do SESMT.

 

REABILITAR E SEGUIR ADIANTE

 

A reabilitação profissional é um serviço oferecido pelo INSS para os segurados, voltado para o trabalhador considerado incapaz de exercer a atividade de origem, que exercia até então, mas que possui condições de exercer outra função.

 

Técnico do INSS, Luiz Fábio Machado Barbosa apresentou o exemplo de um motorista, que perdeu a visão de um olho. Pelas normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o acidentado não pode mais dirigir profissionalmente, mas pode estar apto para o exercício de outras atividades, como em serviços de portaria, auxiliar de escritório ou administrativo, segurança no trabalho. A reabilitação consiste em preparar esse trabalhador para atuar em função compatível com a nova realidade.

 

O trabalhador é encaminhado para o INSS pela perícia médica, que detecta a incapacidade e concede o auxílio doença, benefício que permite a subsistência, enquanto ele não possui condições físicas de se manter por meio do trabalho. Paralelamente, ele se submete ao programa de reeducação profissional, que o requalifica para voltar ao trabalho em outra função.

 

A ERGONOMIA A SERVIÇO DO SER HUMANO

 

A ergonomia é uma disciplina relacionada à interação entre o ser humano e o ambiente de trabalho, que procura projetar o bem-estar humano no desempenho profissional. No escritório, elementos tais como iluminação, altura adequada dos móveis, apoio dos punhos, e pés. No ambiente industrial, ajustes para as bancadas, de acordo com as atividades, de forma a evitar a ocorrência de doenças profissionais.

 

Márcia Figeiró é especialista em Ergonomia e Fisiologia do Exercício e defende que as que as empresas compreendam que a ergonomia como fator de extrema importância para a execução do trabalho, uma vez que, ao oferecer conforto que o trabalhador execute melhor a função, considerando a saúde física e psíquica dele, melhores serão os resultados e a produtividade.

 

Após a promover sessão de ginástica laboral, a especialista recomendou a prática de exercícios físicos no meio ou ao final da jornada de trabalho, com a finalidade de aliviar a sobrecarga da musculatura, seja caminhando, fazendo alongamento, ou quaisquer atividade física. O movimento ajuda a melhorar o aporte sanguíneo e a oxigenação da musculatura, que favorecem a continuidade da jornada de trabalho.

 

A RELAÇÃO DA FELICIDADE COM A SAÚDE LABORAL

 

O Master Coach Ronaldo Cirqueira expôs a palestra “Psicologia Positiva: Performance e Felicidade”, na qual procurou apresentar a relação existente entre saúde e desempenho profissional do trabalhador. A psicologia positiva, disse, é um instrumento valioso para o ambiente organizacional.

 

“O capital psicológico passou a ser um elemento fundamental, na busca da eficácia, assim como o otimismo, e pode ser refletido no meio profissional, produzindo ambientes saudáveis e produtivos, em todos os aspectos”, argumentou Cirqueira.

 

O Coach observou que as pessoas estão infelizes, com baixa estima acentuada e apresentando problemas psicológicos que culminam em depressão. Propiciar ambientes saudáveis e positivos, que deem suporte emocional e permitam o florescimento das pessoas, servem para ajudar as pessoas a sair do que chamou de “zona do conforto” ou “piloto automático”.

 


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