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30ª fase da Lava-Jato tem como alvo propinas de R$ 40 milhões na Petrobras


24/05/2016

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira, a 30ª fase da Operação Lava-Jato em São Paulo e no Rio de Janeiro. Cerca de 50 policiais e mais 10 servidores da Receita Federal cumprem dois mandados de prisão preventiva, 28 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva. 

 

De acordo com a PF, a investigação está centrada no esquema de corrupção e lavagem de ativos referentes a contratos firmados com a Petrobras. A nova etapa foi batizada de Operação Vício. 

 

Os alvos da ação são grandes empresas fornecedoras de tubos para a estatal, incluindo alguns de seus executivos e sócios, um escritório de advocacia utilizado para o repasse de dinheiro, dois funcionários da Petrobras e operadores financeiros. Segundo a PF, as companhias teriam pago R$ 40 milhões em propinas no Brasil e no Exterior. Aos envolvidos, são atribuídos crimes de corrupção, organização criminosa, lavagem de ativos, entre outros. 

 

Um dos destinatários de propina, conforme investigação, era o ex-ministro José Dirceu. Na ação desta terça-feira, a força-tarefa da operação prendeu Flávio Henrique de Oliveira e Eduardo Aparecido de Meira, donos da empresa Credencial, que teriam pago valores a Dirceu.

 

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De acordo com a Polícia Federal, também há indícios de participação do ex-diretor de Engenharia da Petrobras Renato Duque nas ações ilícitas. Dirceu e Duque foram recentemente condenados pelo juiz Sergio Moro a penas de 23 anos e 10 anos de prisão, respectivamente. O ex-diretor da Petrobras também já foi condenado em outras duas ações penais — a totalização de suas penas soma 50 anos, 11 meses e 10 dias de prisão.

 

Também são cumpridos mandados que apuram pagamentos indevidos a um executivo da área internacional da Petrobras, cota do PMDB no esquema, em contratos firmados para aquisição de navios-sondas. 

 

A escolha do nome

 

A Polícia Federal aponta, por meio de nota, que o nome da operação está relacionado à "sistemática, repetida e aparentemente dependente prática de corrupção por determinados funcionários da estatal e agentes políticos que aparentam não atuar de outra forma senão por meio de atos lesivos ao Estado. O termo ainda remete à ideia de que setores do Estado precisam passar por um processo de desintoxicação do modo corrupto de contratar, presente não ação de seus representantes". 

 

 

Às 10h, serão divulgados mais detalhes sobre a Operação Vício durante entrevista coletiva, em Curitiba. Os presos e o material apreendido devem ser encaminhados ainda nesta terça-feira para a PF, na capital paranaense.

 

A etapa anterior

 

Na segunda-feira, a Polícia Federal deflagrou a 29ª fase da Lava-Jato, batizada de Repescagem, em Brasília, Pernambuco e no Rio de Janeiro. No total, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e dois de prisão temporária. 

 

Interlocutores da Lava-Jato dizem que a ideia foi fazer deflagrar as etapas Repescagem e Vício em sequência, um dia após o outro, para criar um fator de surpresa sobre os investigados. 

 

O principal alvo da ação colocada em prática na véspera foi o ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu, que já havia sido condenado no mensalão. Conforme a PF, ele movimentou R$ 7 milhões, sem justificativa de origem lícita, entre 2005 e 2013.

 

Fonte: Diário Catarinense

 


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