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Prévia do PIB inicia 3º trimestre com retração de 0,09%, diz Banco Central


19/09/2016

O nível de atividade da economia brasileira registrou pequena contração em julho deste ano, primeiro mês do terceiro trimestre, segundo números divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central. O resultado veio após o tombo de 0,6% de abril a junho, no que foi o sexto trimestre seguido de "encolhimento" da economia.

 

O chamado Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br – um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) – teve queda de 0,09% em julho, na comparação com junho, variação muito próxima da estabilidade. O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de "compensação" para poder comparar períodos diferentes).

 

De acordo com os números do BC, a "prévia" do PIB registrou queda em quase todos os meses deste ano, com exceção de abril (+0,23%) e junho (+0,37%).

 

O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2015, de acordo com o IBGE, o PIB recuou 3,8%. Para 2016, a estimativa de analistas dos bancos é de um recuo acima de 3%.

A economia brasileira atualmente passa por um período de forte recessão. A contração acontece em um ambiente de alta da inflação, das taxas de juros, do desemprego (que superou a marca de 11%) e também da inadimplência.

 

Comparação com julho de 2015

 

Quando comparado com o resultado do IBC-Br contra o mesmo mês do ano passado, a "prévia" do PIB registrou uma retração de 5,20% em julho de 2016. Neste caso, a comparação foi feita sem ajuste sazonal – pois considera períodos iguais. Com ajuste sazonal, a queda, nesta comparação, foi de 3,45%.

 

Os números do Banco Central mostram que, nos sete primeiros meses deste ano, o indicador sem ajuste sazonal (pois considera períodos iguais de tempo) mostrou contração de 5,29% na atividade (com ajuste, a retração é de 5,53%).

 

Já no acumulado dos 12 meses até julho, o indicador registrou contração de 5,61% (após ajuste sazonal). Sem ajuste sazonal, o tombo do PIB, em 12 meses, foi de 5,65%.

 

IBC-Br x PIB

 

Embora o cálculo seja um pouco diferente, o IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.

 

Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE. O Banco Central já informou anteriormente que o IBC-Br não seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador útil" para o BC e para o setor privado.

 

Recentemente, o BC atualizou a metodologia de cálculo, incorporando novos indicadores, com destaque para a utilização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME), além de outras mudanças.

 

Definição dos juros

 

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Atualmente, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, o maior nível em cerca de dez anos.

 

Pelo sistema de metas de inflação que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.

 

Para 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

 

Neste ano, o mercado financeiro acredita que a inflação oficial ficará novamente acima do teto de 6,5% do sistema de metas. Para os analistas dos bancos, a inflação somará 7,34% em 2016. Em 2015, somou 10,67%, a maior em 13 anos, e estourou a meta.

 

O Banco Central tem dito que trabalha para trazer a inflação para dentro da banda do sistema de metas em 2016 e para o objetivo central, de 4,5%, em 2017.

 

Fonte: G1


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