06/04/2018
As empresas funerárias do Pará apresentaram a proposta ridícula de reajuste salarial, levando apenas em consideração o Índice de Preços ao Consumidor. Eles alardeiam reajuste de 100%, mas que não atinge nem os 2%. Trata-se de uma proposta bem feita, bem fundamentada, linda, mas...mentirosa, infame, como disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Cemitérios, Crematórios e Empresas no Estado do Pará – SINTACETA, Jesiel Araújo. Ele comenta que foi o reajuste de “100 por cento do nada”, posto que o IPC não garante nada para a população. Enquanto os números do governo apresentam uma inflação quase zero, na realidade, a população paga altos reajustes na conta de energia elétrica, combustíveis, incluindo o gás de cozinha; água, telefone, transportes e uma das cestas básicas mais caras, a 13ª do Brasil que, em fevereiro, custou R$ 356,67, quase a metade do salário mínimo, piso nacional, segundo aponta o DIEESE-PA.
“Que reajuste é esse? O que se diz ao trabalhador? Ele não vai aceitar isso. As empresas enriquecem e os trabalhadores pagam a conta alta”, finaliza o sindicalista, cujo sindicato é filiado à UGT Pará e à Federação dos Trabalhadores no Comércio de Bens e Serviços dos Estados do Pará e Amapá – FETRACOM-PA/AP.
Jesiel adianta que essa proposta não será nem aceita e, tampouco, entendida pelos trabalhadores, mas há uma luz no fim do túnel. Na manhã desta sexta-feira, o sindicalista foi informado pelo assessor jurídico Mauro Rios, que a patronal sinaliza com uma nova proposta de negociação. A proposta deve ser apresentada na tarde de hoje.
“Nós iremos estudar a proposta, mas quem vai decidir são os trabalhadores, em assembleia geral, disse o presidente do SINTACETA, que é filiado à União Geral dos Trabalhadores – UGT PARÁ, e à Federação dos Trabalhadores no Comércio de Bens e Serviços dos Estados do Pará e Amapá – FETRACOM-PA/AP, ambas presididas pelo sindicalista e ex-deputado estadual Zé Francisco.
UGT - União Geral dos Trabalhadores