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UGT condena a violência contra refugiados venezuelanos


20/08/2018

A União Geral dos Trabalhadores repudia, de forma veemente, a forma violenta com que brasileiros decidiram lidar com a crise humanitária que se aprofunda diariamente no Estado de Roraima. 

 

Não se deve recorrer à violência e à barbárie contra seres humanos, e em especial contra mulheres, crianças, adolescentes e adultos que querem apenas uma chance de fugir do flagelo da fome e da insegurança que enfrentam aqueles que decidem abandonar seu país de origem em uma dura e já humilhante jornada em busca de trabalho e uma vida melhor.

 

Reconhecemos a grave situação em que se encontra o estado e nos solidarizamos com a população roraimense que vem sofrendo as consequências do grande fluxo migratório que se deu da Venezuela para esse estado, mas a xenofobia e o ódio contra um irmão ou uma irmã imigrante não devem jamais ser o caminho para a solução de problemas, mas sim a solidariedade e a cooperação entre sociedade e o poder público para a busca de soluções pacíficas e eficazes.

 

Repudiamos o fascismo que vem se alastrando pelos rincões deste nosso país, e em especial como reação à flagrante crise humanitária que vem se amplificando naquele estado, em grande parte causada pela inação do governo Temer na ajuda ao poder público local, que reiteradamente vem solicitando ao governo federal apoio no processo de interiorização e de fortalecimento dos equipamentos públicos para que estes possam atender de forma eficiente e justa não somente aos imigrantes venezuelanos que ali se encontram, mas também à população roraimense.

 

Instamos ao Governo Federal que imediatamente dê respostas às necessidades já pleiteadas pelo Governo de Roraima e pelos municípios afetados. O processo de interiorização deve ser retomado e fortalecido. A utilização política da crise migratória de Roraima é abjeta e não serve ao interesse do povo, brasileiro e venezuelano. Uma solução rápida, inteligente e definitiva se faz urgente neste momento de caos social que se abate sobre a vida de venezuelanos e brasileiros.

 

O princípio da igualdade preconizado pelo artigo 5º da Constituição Federal, assim como a nova Lei de Migração nº 13.445/2017 demandam do Estado brasileiro a tomada de responsabilidade que nós, representantes de todas e todos os trabalhadores, brasileiros ou não, exigimos que se coloque em prática, para além do discurso.

A migração é um direito de todas e todos. O dever dos estados nacionais é dar condições para que esta se dê de forma digna e humana.

 

 

Ricardo Patah, presidente nacional da União geral dos Trabalhadores (UGT)




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