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BC reduz projeção de crescimento do PIB em 2018 de 1,6% para 1,4%


27/09/2018

Retomada lenta da economia levou à revisão

No início do ano, expectativa era de 2,6%

 

O Banco Central revisou mais uma vez a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2018. A autoridade monetária espera que o país cresça 1,4% neste ano. Em junho, já havia revisado sua estimativa de 2,6% para 1,6%.

 

“A revisão reflete a incorporação dos resultados do PIB no 2º trimestre e o arrefecimento na atividade econômica após a paralisação no setor de transporte de cargas, ocorrida em maio, como sugerido por indicadores de alta frequência”, diz  a instituição no Relatório Trimestral de Inflação (íntegra), divulgado nesta 5ª feira (27.set.2018).

 

Na avaliação da instituição, “além do impacto direto sobre a atividade, a paralisação afetou a confiança dos agentes em relação à recuperação econômica, com possíveis impactos sobre as decisões de produção, consumo e investimento”.

 

As frustrações em relação ao desempenho da retomada da atividade também têm levado os Ministérios da Fazenda e do Planejamento a reduzir suas projeções ao longo do ano. No início de 2018, a estimativa oficial para o PIB era de alta de 3%. Passou para 2,97% em março, 2,5% em maio e 1,6% em julho.

 

No último relatório de avaliação de receitas e despesas, divulgado na 6ª feira (21.set), a equipe econômica manteve a projeção de 1,6% ao ano. Ou seja, mais otimista que a do BC.

 

No boletim Focus mais recente, divulgado nesta 2ª feira (24.set), analistas de mercado consultados pelo BC projetavam alta de 1,35% neste ano. Há 4 semanas, falavam em 1,47% e, no início do ano, em 2,69%.

 

Revisões do BC para os componentes do PIB:

 

•Agropecuária: de 1,9% para 1,5%;

•Indústria: de 1,6% para 1,3%;

•Serviços: mantida em 1,3%;

•Consumo das famílias: de 2,1% para 1,8%;

•Consumo do governo: de -0,2% para -0,3%;

•Investimentos: de 4% para 5,5%;

•Exportações: de 5,2% para 3,3%;

•Importações: de 6,4% para 10,2%.

 

Na análise dos componentes, as expectativas para 5 dos 8 itens foram revisadas para baixo. A projeção para o setor de Serviços foi mantida em 1,3%. As únicas altas foram observadas nos investimentos e nas importações. Segundo o BC, esses elevações são explicadas pela “importação de equipamentos destinados à indústria de petróleo e gás natural“.

 

A instituição divulgou também sua expetativa para o ano que vem. Em 2019, espera que o PIB cresça 2,4%, mas destaca que o resultado é condicionado “a um cenário de continuidade das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e ajustes necessários na economia brasileira”.

 

EXPECTATIVAS PARA INFLAÇÃO

 

A projeção do BC para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2018, que mede a inflação oficial do país, apresentou ligeira redução ao passar de 4,2% no último relatório para 4,1%. O cenário considera as estimativas para juros e câmbio presentes no Boletim Focus.

 

A meta de inflação para este ano é de 4,5%, com 1,5 ponto percentual de tolerância para cima (6%) ou baixo (3%).

 

Para 2019, a expectativa do BC é de 4%, contra 3,7% no último relatório. Para 2020, é de 3,6%, contra 3,7% na divulgação anterior. Para 2021, de 3,8%.

 

O BC traz, ainda, outras estimativas para o IPCA, considerando diferentes cenários para juros e câmbio. Eis os intervalos das projeções:

 

•para 2018: de 4,1% a 4,4% (centro da meta é de 4,5%);

•para 2019: de 4% a 4,5% (centro da meta é de 4,25%);

•para 2020: de 3,6% a 4,2% (centro da meta é de 4%);

•para 2021: de 3,7% a 4,3% (centro da meta é de 3,75%).

 

Fonte: Poder 360




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