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Crise argentina reduz produção de carros no Brasil


05/10/2018

Impacto só não será maior porque o mercado brasileiro está crescendo mais que o esperado

 

A crise argentina e a consequente queda nas encomendas de veículos fabricados no Brasil levaram as montadoras a reverem a previsão de alta na produção neste ano de 11,9% para 11,1%, para 3 milhões de unidades. Fábricas já dão férias coletivas em razão do corte nas vendas externas.

 

O número só não é menor porque o mercado interno está se recuperando mais rapidamente do que o setor previa no início do ano e deve crescer 13,7% (para 2,564 milhões de unidades), dois pontos porcentuais acima do esperado anteriormente no comparativo com 2017, quando foram vendidos 2,239 milhões de veículos, incluindo caminhões e ônibus.

 

“Os bancos voltaram a liberar crédito, os juros estão razoáveis e há mais confiança por parte dos consumidores, pois a economia está um pouco descolada da política”, disse o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. “Pena que as exportações não estão numa boa fase.”

 

O setor iniciou o ano com expectativa de exportação recorde de 800 mil veículos, volume reduzido a 766 mil no meio do ano e, agora, a 700 mil unidades, 8,6% a menos ante 2017.

 

De janeiro a setembro, as exportações para a Argentina caíram 8%, somando 363,1 mil unidades. O México, segundo maior mercado do País, também reduziu suas compras à metade, para 34,9 mil unidades.

 

Também importaram menos no período Uruguai, Peru, enquanto Colômbia manteve volume estável. Já o Chile comprou 22% a mais que em 2017, num total de 31,4 mil veículos.

 

Férias

 

A queda nas entregas para a Argentina, que tradicionalmente responde por 70% das vendas externas de carros brasileiros, está levando montadoras a adotarem medidas de corte de produção. Na segunda-feira, por exemplo, a Volkswagen vai suspender um turno de trabalho e colocar em férias coletivas por até 30 dias 1,8 mil funcionários da fábrica Anchieta. A empresa já tinha adotado essa medida em agosto no ABC e na filial de Taubaté (SP).

 

Até setembro, as exportações do setor caíram 8% (para 524,3 mil unidades). Só em setembro houve recuo de 34,5% em relação a igual mês de 2017. As vendas internas cresceram 14% (1,84 milhão) e a produção 10,5% (2,19 milhões).

 

Fonte: Estadão

 




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