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Juro do microcrédito sobe 1,85 ponto percentual e alcança 31,36% ao ano


16/01/2019

Comparação é entre novembro de 2017 e igual mês de 2018 e diz respeito à linha voltada para pequenos empreendedores; queda das taxas depende de reformas e retomada da economia

 

 

 

A taxa de juros do microcrédito destinado para os microempreendedores aumentou 1,85 ponto percentual, de 29,51% para 31,36% ao ano, entre novembro de 2017 e igual mês de 2018. 

 

Essa é uma das poucas linhas de crédito que registraram alta de juros no período, conforme os últimos dados do Banco Central (BC). As outras foram: cheque especial, parcelamento do cartão de crédito e financiamento para importações.

 

O professor de finanças do Ibmec-SP, George Sales, explica que o juro do microcrédito é mais resiliente que as taxas das demais modalidades. Primeiro porque são poucos os bancos que ofertam a linha. “Somente o Santander e o Banco do Brasil concedem microcrédito em larga escala. As outras instituições concedem menos, somente para cumprir questões regulatórias”, afirma Sales.

 

O segundo motivo é que o microcrédito é geralmente demandado por pessoas que tiveram que abrir um negócio por necessidade. “São pessoas que ficaram desempregadas e que tiveram que empreender para poder sobreviver”, acrescenta Sales.

 

Já o professor de economia da Fipecafi, Silvio Paixão, destaca que o nível de inadimplência ainda é um fator que impede quedas mais significativas das taxas de juros das linhas, em geral. 

 

Para ele, um recuo maior da taxa para o microcrédito dependerá de uma melhora mais significativa da economia.

 

Na avaliação de Paixão, os aspectos que “jogam contra” um dinamismo maior na modalidade são o elevado nível da desocupação (hoje temos 12 milhões de pessoas desempregadas); a estabilidade nos ganhos reais de renda; o crescimento da informalidade no mercado de trabalho e a falta de educação financeira.

 

Dependência das reformas

 

O professor da Saint Paul Escola de Negócios, Alan Ghani, ressalta, por sua vez, que a redução da taxa do microcrédito para empreendedores irá depender da aprovação de reformas econômicas, como a da Previdência Social.

 

Segundo ele, essas medidas tendem a diminuir o prêmio de risco do Brasil, provocando um efeito cascata de queda nas taxas de juros. “A inflação já está sob controle, agora só resta termos um cenário mais otimista com relação à economia”, comenta Ghani.

 

O especialista da Saint Paul recomenda que, no momento, o tomador de crédito deve ter muita cautela.

 

Segundo Ghani, o empreendedor só deve se endividar no microcrédito se a margem de lucro de sua empresa for maior do que o gasto que ele terá com os juros. “Ou seja, se as projeções indicarem que o retorno do seu investimento será maior do que o custo de 30% que você terá com os juros do microcrédito, por ano, pode valer a pena”, recomenda Ghani. “É preciso ter cuidado para não se endividar sem necessidade”, acrescenta o especialista.

 

Uma das alternativas ao microcrédito é a linha de capital de giro.

 

Dados do BC mostram que a taxa de juros dessa última modalidade caiu de 19,2% em novembro de 2017, para 17,4% para igual mês de 2018. Contudo, o crédito é apenas concedido para empresas com bom histórico de pagamentos .

 

Fonte: Jornal DCI




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