21/01/2019
A manifestação aconteceu na manhã desta segunda-feira, 21/01/19, em frente ao prédio que sedia a Justiça do Trabalho, na Av. Augusto de Lima, no Barro Preto, em Belo Horizonte. Atos semelhantes foram realizados em outras regiões do estado.
Convocado por advogados e magistrados trabalhistas, o “Ato em defesa dos direitos sociais e da Justiça do Trabalho” contou com o apoio, a participação e a solidariedade do movimento sindical. Pela UGT-MG, estiveram presentes dirigentes da central e de entidades filiadas, entre as quais, Sindeac, SindiAsseio, SECBHRM e Sintral.
A mobilização começou depois que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) falou, em entrevista, sobre o que considera um excesso de proteção da classe trabalhadora e na defesa que fez do fechamento das varas do trabalho.
Fim dos direitos trabalhistas
Ocuparam o microfone com palavras de ordem contra o desmantelamento da Justiça do Trabalho entidades como Associação Mineira dos Advogados Trabalhistas (AMAT); Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais (OAB-MG); Tribunal Regional do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Associação dos Magistrados Trabalhistas de Minas Gerais; Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário (Sintraemg), entre outros.
É senso comum entre todos os participantes de que o fim do órgão representaria “a morte dos direitos trabalhistas”. Alegam, ainda, que o governo está equivocado nos argumentos utilizados quando defende o fim da Justiça do Trabalho.
Equívocos do governo
“Queremos desmistificar várias polêmicas que estão sendo ditas pelo governo federal, como a de que a Justiça do Trabalho não existe em outros países. Isso é mentira, porque na Alemanha, França, Inglaterra existe sim”, afirma o presidente da AMAT, Marco Antônio Freitas.
Segundo ele, é falsa também a alegação de que a justiça do trabalho é cara, sendo que é a maior arrecadadora do INSS. “Temos que trazer essa discussão a público. A transferência do órgão para a justiça federal ou comum vai implicar em um sério problema para o cidadão. Hoje, um processo trabalhista dura, em média, de dois a quatro anos. Se for para a justiça federal ou comum, vai demorar de 10 a 15 anos. Estamos falando em verba trabalhista, em direitos dos trabalhadores”, pontuou.
UGT - União Geral dos Trabalhadores