13/05/2019
A realização dos congressos da União Geral dos Trabalhadores ocorre em momento singular da história do país e do movimento social. Crise econômica, desemprego e ataques aos direitos sociais tem sido a marca dos últimos anos, que inclui o impeachment de Dilma Rousseff, o segundo da história brasileira.
Refletir sobre o contexto e a conjuntura econômica, sob a ótica dos trabalhadores, é o pretendem as entidades filiados à UGT-RS, durante o IV Congresso Ordinário, agendado para 22 de maio corrente, na sede da Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetraf-RS), localizada na Rua Fernando Machado, 820 – Centro Histórico da capital.
Presidente da entidade, Norton Jubelli defende a restauração de uma prática sindical que priorize a organização de base e uma atuação política que resgate a capacidade de arrecadação financeira perdida após a reforma trabalhista. Motorista de carro forte no transporte de valores e diretor financeiro do Sindivalores/RS, o sindicalista admite que a mudança de caráter do imposto sindical - de obrigatório para facultativo – vem obrigando as entidades a abrir mão da prestação de serviços de assistência e a diminuir a atividade sindical propriamente dita.
“No Congresso, vamos apontar as diretrizes políticas e administrativas para a UGT gaúcha. A começar pela redução do número de diretores e na otimização dos parcos recursos disponíveis”, admite o presidente ugetista, que acredita em uma reversão na questão do custeio e o começo de um novo ciclo.
ADEQUAR A PRÁTICA SINDICAL
Para o presidente da UGT-RS, o contexto desfavorável ao sindicalismo e a ofensiva contra os direitos sociais deverão centralizar as discussões. Medidas de adequação à prática sindical à realidade, revisão de posicionamentos, alteração do estatuto da entidade e racionalização da estrutura organizacional serão tema do debate e farão parte das resoluções do encontro.
Reconhecido pela atuação à frente da Central, na condição de presidente em exercício, Norton Jubelli teve o nome lançado para dar continuidade à administrativa à UGT gaúcha.
“A retomada do sindicalismo classista é a chance de recuperar a credibilidade perdida junto aos trabalhadores e à própria sociedade”, afirmou Jubelli, que prega unidade na ação entre as entidades sindicais. Para o presidente em exercício da UGT/RS, depois da terceirização irrestrita e da reforma trabalhista, governo e empresários, com a ajuda dos políticos, querem tirar mais direitos dos trabalhadores e da população, agora promovendo uma reforma previdenciária pior do que a proposta rejeitada no Governo Temer.
O 4º Congresso nacional da UGT ocorrerá entre os dias 30 e 31 de maio, em Praia Grande, município do litoral paulista. Junto àavaliação da conjuntura brasileira, situando o momento em que nos encontramos, o encontro discutirá os reflexos da 4ª Revolução Industrial, o futuro do trabalho e a ação sindical.
UGT - União Geral dos Trabalhadores