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Nesta quinta-feira, 16 de maio, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) inaugurou oficialmente sua Exposição de Maio na Av. Paulista, em alusão ao mês do trabalhador.

Este ano, o tema foi “Direito do Avesso – Avesso do Direito”, ilustrado com obras dos renomados artistas Angeli e Laerte, que trazem um crítico retrato da atual situação brasileira.

“Ao tratar do ‘avesso’, percebi que este não é o contrário. É apenas o outro lado. O lado que você não vê. Então, de certa forma, os trabalhadores são o avesso do que se vê nas vitrines, o avesso da riqueza, porque são eles que fazem tudo funcionar, mas não são vistos. Dizem que os trabalhadores precisam entender a arte. Eu digo que a arte é que precisa entender o trabalhador. Sem ele, nada vai para frente, nada se constrói em nosso País, inclusive a política, pois esta não é apenas votação ou plenário. Política é o que as pessoas vivem e a forma como se expressam”, disse Laerte na ocasião.

Em sua quinta edição, a Exposição de Maio da UGT é a maior ao ar livre da América Latina.

“A celebração da UGT ao dia e mês do trabalhador reúne cultura, cidade e cidadania. As obras expostas no maior centro financeiro de São Paulo expressam situações com várias interpretações que, de alguma forma, mexem com nossa emoção, nossa memória e nosso coração”, disse Ricardo Patah, presidente nacional da Central. “A arte de Angeli e Laerte traz a dimensão do momento crítico que estamos vivenciando. Com tamanha criatividade, esses artistas nos fazem refletir sobre questões essenciais, que fazem parte das lutas diárias da UGT, como discriminação, desigualdade, o avanço das novas tecnologias, a desvalorização do trabalhador e o desemprego”, complementou o dirigente ugetista.

Também presente ao evento de inauguração, Chiquinho Pereira, secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT e presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, é o grande idealizador da nova forma de celebrar o Dia do Trabalhador adotada pela UGT – com seminários e exposições, visando à promoção da cultura e do conhecimento.

“Quando se fala em arte e cultura, parece que é algo exclusivo a um grupo do qual os trabalhadores não fazem parte. No entanto, quem mais ensina cultura é justamente o trabalhador, que enfrenta tantas dificuldades e, ainda assim, é quem verdadeiramente constrói as riquezas do País para todos nós”, falou Chiquinho.

Já a vereadora Adriana Ramalho, apoiadora da Exposição, ressaltou: “Ter artistas tão renomados participando de um evento como este, de uma central sindical, é algo muito importante e significativo. Estas obras trazem a reflexão de que a sociedade precisa e são também um canal de comunicação entre patrões e empregados. Precisamos que o desenvolvimento aconteça sem prejudicar nenhum lado”.

A vereadora trouxe, ainda, uma ótima notícia: “Falta ser sancionada pelo prefeito, mas estamos no caminho para a inclusão da Exposição de Maio da UGT no calendário oficial da cidade de São Paulo”.

Além disso, a novidade este ano é que a Exposição irá percorrer casas de cultura em diferentes regiões da capital paulista, a fim de disseminar cada vez mais o acesso à arte.

Também participaram da inauguração Salim Reis, vice-presidente da UGT; Moacyr Pereira, tesoureiro da UGT e presidente do Siemaco SP; Marcos Afonso Oliveira, secretário de Imprensa da Central; José Gonzaga da Cruz, vice-presidente do Sindicato dos Comerciários; Jennifer Alvarez , coordenadora de Políticas para Imigrantes e Promoção ao Trabalho Decente da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, representando a secretária Berenice Gianella; além de dirigentes sindicais, trabalhadores de diferentes categorias, jornalistas, artistas e convidados.

As 30 charges de Angeli e Laerte ficarão expostas na Av. Paulista, entre a Rua Augusta e a Alameda Campinas, até 08 de junho e deverão ser vistas por 5 milhões de pessoas.

A produção é da Maná Produções, Comunicação e Eventos, e a curadoria, de Mônica Maia e Fernando Costa Netto, da DOC Galeria.