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Publicadas domingo (22) de madrugada e segunda (23) à tarde, as Medidas Provisórias 927 e 928 humilham os trabalhadores. E podemos dizer também as micro, pequenas e médias empresas.

“O momento é de crise e o Estado precisa resguardar e proteger direitos, e não retirá-los”, disse Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em entrevista, depois de ler a MP 927 que autorizava os empresários a suspender por quatro meses contratos e salários dos trabalhadores.

Nesse período, ficariam em casa fazendo cursos on-line. E no retorno (não dá para estabelecer calendário com a pandemia), não haveria nenhuma garantia de que poderiam continuar trabalhando. Nada de estabilidade.

A gritaria foi tanta no Brasil inteiro pelo texto infeliz da MP 927 (inoportuna e desastrosa para os trabalhadores), que o governo publicou a MP 928, retirando a suspensão dos contratos e dos salários. Nesta última, ainda coloca outro bode na sala, a suspensão do direito à informação (para nós, simples mortais).

Bolsonaro gosta de imitar Trump em tudo. Mas se esqueceu que o presidente americano está fazendo o maior plano de resgate da história dos EUA, colocando 2 trilhões de dólares (9% do PIB) para combater o coronavírus e seus efeitos sobre a economia. Para os pobres, Trump está dando 1.200 dólares mensais (R$ 6.000) enquanto durar a quarentena.

Por aqui, foi liberado o 13° para pensionistas e aposentados (dinheiro do trabalhador, é bom que se diga), redução de impostos temporários de empresas, ampliação do Bolsa-Família e R$ 8 bilhões para estados e municípios (4% do PIB). E só.

CADÊ A AJUDA PÚBLICA PARA TRABALHADORES, MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS?