17/09/2020
Estudo recente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos avaliou 15 sistemas de transporte público e concluiu que não há relação entre o número de passageiros transportados e a variação do número de casos do novo coronavírus.
Para o Sindmotoristas, a publicação é no mínimo controversa. Baseado nos levantamentos realizados pela Secretaria da Saúde da entidade, desde o início da pandemia, a entidade entende que o número de ocorrência na categoria, 74 óbitos e 819 notificações suspeitas até o momento, é devido à exposição diária de motoristas, cobradores e passageiros à contaminação do vírus.
Vale lembrar que os trabalhadores em transportes estão classificados entre os profissionais mais vulneráveis nesta pandemia.
Neste período de crise sanitária, por mais que o sindicato tenha agido para assegurar todas as medidas de proteção, os condutores de São Paulo trabalham em ônibus lotados, o que torna praticamente impossível o respeito ao distanciamento social. Não se pode esquecer que o distanciamento social, assim como o uso de máscara e álcool em gel, é requisito primordial no combate ao COVID 19.
O presidente em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz (Sorriso), respeita o estudo da Associação das empresas do setor de transporte urbano. No entanto, o dirigente defende que sejam consideradas outras pesquisas, como as da Secretaria de Saúde do sindicato, para se chegar a uma conclusão mais assertiva sobre o assunto. “Perdemos 74 companheiros para a doença e esse número deve servir de parâmetro para evitarmos que os coletivos se tornem instrumentos de proliferação do coronavírus, haja vista que o intuito de todos é trabalhar pela preservação da vida”.
UGT - União Geral dos Trabalhadores