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Devastação ambiental, cortes de verba sem propósito e um discurso vazio na ONU


26/09/2020

Os fatos de maior relevância na vida brasileira, transcorridos a partir de 21 de setembro de 2020, são objeto da análise do cientista político Benício Schmidt. O catedrático é Pós-Doutor pela Universidade de Paris e Doutor em Ciência Política pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos; Professor Titular aposentado da Universidade de Brasília e Consultor Sênior da Empower Consultoria em Análise Estratégica e Risco Político.

 

Neste Empower Comenta, o Professor faz comentários sobre fatos como as queimadas no Centro Oeste, que despertam preocupação nacional e internacional. Ainda, analisa as eleições municipais que se avizinham e as expectativas sobre a Assembleia Geral da ONU.

 

DEVASTAÇÃO NA AMAZÔNIA E NO PANTANAL – Destaque negativo para o desmatamento, deflorestamento e desastres ambientais na Amazônia e também no Pantanal, região que agora ganha um alívio com as chuvas que começam a cair no Centro Oeste, de maneira particular. A região do Pantanal teve 4 milhões de quilômetros quadrados dizimados pela seca e uma devastação possivelmente motivada pela grilagem de terra e extensão da pecuária e da soja.

 

Organizações internacionais, organizações não-governamentais e alguns bancos brasileiros assinaram documento que foi remetido, inclusive, ao governo do país, pedindo imediatas providências para conter a destruição do meio ambiente nas duas regiões, que concentram grande extensão de área verde e variada biodiversidade.

 

O objetivo de garantir níveis de desenvolvimento e de acesso ao mercado das exportações brasileiras. Empresas de grande porte, como a Klabin, subscrevem documento na mesma direção.

 

NACIONALIZAÇÃO DA ELEIÇÃO MUNICIPAL – Dois fatos despontam no cenário das eleições municipais. Pesquisas de opinião indicam um acirramento de relações em São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e, potencialmente, em Belo Horizonte, embora na capital mineira o atual prefeito e candidato à reeleição, Alexandre Kalil, já seja detentor da preferência da maioria do eleitorado.

 

Também chamam a atenção a tentativa de nacionalizar o pleito municipal e o baixo protagonismo do PT, como partido nacional de grande porte, maior bancada na Câmara dos Deputados e que disputa as eleições nas principais cidades brasileiras.

 

DISCURSO VAZIO NA ONU – Em 22 de setembro, o presidente do Brasil fará o discurso de abertura da Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU). Seguindo a rota do negacionismo clássico, provavelmente Jair Bolsonaro falará inverdades e de fatos não comprovados pela realidade, como um suposto sucesso econômico do Brasil, pois crescemos muito menos que os países em desenvolvimento, sem falar das queimadas no Pantanal e na Amazônia, classificadas pelo presidente como “alguns focos de incêndio esparsos”.

 

Certamente, o discurso de Bolsonaro não ajudará em nada no enfrentamento mundial à crise ambiental.

 

CORTES DE RECURSOS E FALAT DE PROPÓSITO – Com a paralisia parcial do Congresso Nacional, ocasionada pelo alastramento da pandemia do Covid-19, determinados fatos vêm se assoberbando. Cortes orçamentários importantes, tanto em políticas de proteção à mulher, como nas políticas de educação e meio ambiente, além da redução orçamentária destinada à fiscalização do Trabalho. Tais cortes visam criar as bases para o projeto Renda Brasil, com natureza diferenciada da anunciada anteriormente. Os corte ainda evidenciam uma baixa execução de políticas governamentais, mesmo como recursos existentes. Significa a dificuldade e a ineficácia do atual governo.




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