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Mais acordos salariais têm reajuste acima da inflação


22/08/2014

Apesar do fraco desempenho da economia, o número de acordos salariais com reajustes acima da inflação aumentou no primeiro semestre e o ganho real médio dessas negociações foi maior.

 

De janeiro a junho deste ano, 93% dos acordos terminaram com ganho real (acima da inflação). Esse percentual ficou em 83,5% em igual período do ano passado. Em 2012, considerado o melhor ano das negociações salariais, chegou a 95,6%.

 

Somente 2,6% dos acordos do primeiro semestre não zeraram as perdas da inflação. No ano passado, eram 5,8%, segundo estudo do Dieese, que analisou 340 negociações na indústria, no comércio e no setor de serviços.

 

Nos primeiros seis meses deste ano, o ganho real médio foi de 1,54%, ante 1,08% de igual período de 2013.

 

"Apesar da onda de pessimismo e dos efeitos da inflação na economia, os aumentos reais médios foram melhores do que os de 2013, fato que nos surpreendeu", diz Airton Santos, coordenador de atendimento técnico sindical da entidade.

 

Uma das explicações para isso é que a inflação acumulada nos 12 meses anteriores a cada data-base foi inferior neste ano.

 

"Para repor a inflação acumulada em abril do ano passado, os trabalhadores precisavam negociar reajustes de 7,22%. Neste ano, o INPC acumulado em abril foi de 5,62%", explica Santos.

 

Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, os dados impressionam e revelam "vitalidade" no mercado de trabalho. "O empresário cede às pressões dos sindicatos porque teme que, se abrir mão da sua força de trabalho, terá de pagar mais para recontratar quando esse pessimismo acabar", afirma. "O empresário está 'carregando' o trabalhador, por assim dizer."

 

O mercado de trabalho continuou aquecido no período, com taxas de desemprego baixas.

 

"Quanto menor o desemprego, maior o crescimento dos salários nominais", afirma o professor José Marcio Camargo, da consultoria Opus. A tendência deve se manter, em sua avaliação: "A inflação, que vinha em trajetória de elevação, parou de crescer nos últimos dois meses, o que gerou ganho real do salário".

 

SEGUNDO SEMESTRE

Para este segundo semestre, a tendência é os resultados das negociações se manterem, com novos ganhos reais aos trabalhadores, segundo o técnico do Dieese.

 

Petroleiros, bancários, metalúrgicos e comerciários são algumas das categorias profissionais com data-base no segundo semestre que já se mobilizam para obter reajustes acima da inflação em suas campanhas salariais.

 

Fonte: Folha de S.Paulo


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