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Putin admite concorrer a quarto mandato


24/11/2014

O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu, em entrevista divulgada neste domingo (23), que pode se candidatar em 2018 a um quarto mandato como presidente.

 

Se eleito, ele permaneceria no posto até 2024.

 

"Sim, existe esta possibilidade de que eu seja candidato outra vez", afirmou Putin, 62, em entrevista à agência russa Itar-Tass. "[A Constituição] permite, mas isso não quer dizer que eu vá tomar essa decisão."

 

Putin foi eleito presidente pela primeira vez em 2000 e, após dois mandatos de quatro anos --e não podendo por lei se candidatar de novo--, assumiu o posto de primeiro-ministro, em 2008.

 

Ele foi eleito presidente novamente em 2012, dessa vez para um mandato de seis anos, em meio a denúncias de fraude na votação.

 

Ao ser questionado se ficaria "para sempre" na Presidência, Putin disse que isso seria "prejudicial ao país".

 

"E eu também não preciso disso", completou o russo, que completaria 72 anos em 2024. "Há a Constituição e é preciso agir e viver dentro desta estrutura."

 

Putin pode se candidatar à Presidência por dois mandatos consecutivos, segundo a Constituição russa.

 

A decisão sobre sua candidatura em 2018 dependerá do clima do país e de seu humor, segundo o mandatário.

 

"Eu vou agir de acordo com o contexto geral, o entendimento interno e meus sentimentos", declarou.

 

INTERESSES

Em relação à crise na Ucrânia, o presidente afirmou que o Ocidente não gosta que seu país adote uma postura firme e que "defenda seus interesses". "Quando a Rússia se põe de pé, se fortalece e declara seu direito de defender seus interesses no exterior, imediatamente muda a atitude para com o país e seus dirigentes", disse.

 

Putin comparou a sua relação com países ocidentais com a situação do primeiro presidente russo, Boris Iéltsin (1991-1999), morto em 2007.

 

"Na primeira parte de seu mandato, todos reagiam bem. O que Iéltsin fizesse era recebido com aplausos pelo Ocidente. Mas bastou ele levantar a voz em defesa da Iugoslávia, e se transformou aos olhos dos ocidentais em um alcoólatra", disse, destacando que "todos sempre souberam do gosto de Iéltsin pela bebida".

 

O presidente russo também criticou a tática do governo americano de aplicar sanções ao seu "grupo de amigos".

 

"Eles partem do falso pressuposto que eu tenho interesses pessoais de negócios devido a ligações com as pessoas da lista [americana]. E que, os pressionando, estariam de alguma forma me atingindo. Isso não corresponde à realidade de forma alguma", afirmou.

 

Sobre a oposição interna, Putin disse aceitar críticas, desde que sejam "construtivas" e "dentro da lei". Segundo ele, o problema são as forças que tentam enfraquecer o Estado, como "bactérias" no corpo humano.

 

"Esses bacilos, essas bactérias entram no organismo e ficam lá o tempo todo", disse Putin. "Mas, quando um organismo é forte, você pode combate a gripe com seu sistema imunológico."

 

Fonte: Folha de S.Paulo


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