04/05/2015
O Ministério da Saúde barrou mais da metade dos pedidos de incorporação de novos medicamentos ao SUS, segundo um levantamento da Interfarma (da indústria farmacêutica de pesquisa).
Entre 2012 e março de 2015, dos 168 remédios avaliados, 55,4% foram rejeitados e 44,6% incluídos na rede pública, como drogas para tratar o tratamento de tumores e doenças infecciosas.
A maior parte dos pedidos negados (77,4%) foi feita por associações de pacientes e a indústria farmacêutica.
"Incorporar novas tecnologias significa gastar mais. Sem dinheiro, o governo tem incluído o que ele mesmo pede", diz Antônio Britto, presidente da Interfarma.
Dos 75 remédios aprovados nos últimos três anos, 49 foram solicitados pelo próprio governo, segundo a entidade. Desses, apenas dez têm até cinco anos de mercado.
"Quanto mais tempo tem um medicamento, mais barato fica inclui-lo na rede."
Os remédios são avaliados pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS), órgão ligado à pasta da saúde.
Procurado, o ministério informou por nota que "exige estudos que comprovem a eficácia clínica" e a viabilidade do custo para aprovar os medicamentos.
O órgão disse que não qualifica um remédio apenas pelo seu tempo de mercado. "Já incluímos 114 medicamentos e procedimentos ao SUS."
"A comissão organizou o sistema. O que falta é orçamento para inibir outro problema: a judicialização da saúde", finaliza Britto.
DETERIORAÇÃO À VISTA
Após registrar desempenho positivo em janeiro e em fevereiro, os resorts do país tiveram queda em março e projetam deterioração para os próximos meses.
No primeiro mês do ano, a ocupação avançou 5,1%.
"Em 2014, muita gente não viajou na Copa. Nas eleições, também houve um recuo. Havia essa demanda reprimida", diz o presidente da Resorts Brasil (que reúne o setor), Daniel Guijarro.
Em fevereiro, apesar da queda de 0,3% na taxa de ocupação, as diárias subiram por causa do Carnaval e o resultado foi favorável às empresas do setor.
Em março, no entanto, a taxa regrediu 5,5% e os valores, 20,4%.
"Começamos a perceber uma diminuição no segmento corporativo por causa da crise. Abril deve seguir essa tendência e este trimestre deverá terminar com ocupação e diária inferiores às registradas no ano passado", diz.
A desvalorização do real ainda não atraiu o público estrangeiro, segundo o executivo. "Esse impacto costuma ser mais de médio prazo."
Em 2008, turistas de outros países correspondiam a 43% do total. No ano passado, eles representaram 14%.
DE VOLTA À CASA
Após comprar do Dasa 18 laboratórios da bandeira Sérgio Franco e 14 da ProEcho, o médico João Renato Silveira vai expandir sua rede.
Estão previstas duas novas unidades no Rio de Janeiro, uma na Tijuca e outra no shopping da Gávea.
Até o final do ano, a empresa construirá uma fábrica própria para processamento de exames. Hoje, o serviço é terceirizado para o Dasa.
"A partir desse momento,seremos uma empresa 'de verdade'", diz Silveira.
O cardiologista foi um dos fundadores da ProEcho, que foi vendida para a MD1 Diagnósticos em 2010 e depois incorporada pelo grupo Dasa.
"Também queremos iniciar um modelo de franquias."
R$ 110 milhões
é o faturamento líquido anual das unidades
40%
é a participação da ProEcho no faturamento
500 MIL a 700 mil
será a capacidade de análise de amostras mensais da nova fábrica
RECUO DOS EVENTOS
Assim como o mercado em geral, a rede paranaense Mabu, de resorts e hotéis, projeta uma diminuição no movimento do segmento corporativo no segundo trimestre deste ano.
"A previsão não é boa, sentimos uma retração enorme por parte das empresas em realizar eventos", diz o CEO da rede, Wellington Estruquel.
O orçamento dos encontros corporativos que deverão ocorrer também foi reduzido, assim como o número de participantes, de acordo com o executivo.
No primeiro mês do trimestre, porém, o segmento de lazer apresentou resultados melhores do que os esperados em decorrência dos feriados da Páscoa e de Tiradentes. A taxa de ocupação nessas datas alcançou 75%.
Com isso, entre janeiro e março, a companhia registrou um aumento de 19% nos resultados na comparação com o mesmo período do ano passado.
"Mas os meses de maio e junho se mostram incertos pelo cenário macroeconômico e pela insegurança das empresas."
Estruquel afirma ainda que o dólar na faixa dos R$ 3 já impulsionou a demanda doméstica. "Acreditamos que deverá continuar assim."
5
são as unidades da rede.
Fonte:Folha UOL
UGT - União Geral dos Trabalhadores