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UGTpress 597: O Futuro das Comunidades Reais


13/03/2018

COMUNIDADE VIRTUAL: hoje, o que mais se ouve refere-se ao fenômeno das comunidades virtuais, aquelas concebidas pelas novas formas de comunicação e ancoradas nas redes sociais. Então, a definição da Wikipédia está bem alicerçada: “Comunidade virtual é uma comunidade que estabelece relações através dos meios de comunicação à distância, caracterizando-se pela aglutinação de um grupo de indivíduos com interesses comuns, trocando informações em ambientes virtuais”. Sendo assim, como se definiria uma “comunidade real”?

 

COMUNIDADE REAL: comunidade real é a comunidade verdadeira onde as pessoas se comunicam face a face. Ops, em assim sendo, elas são locais, restritas e pequenas. Uma família, uma tribo indígena, os funcionários de uma empresa, os associados de um clube e poderíamos estender, mas perderíamos o sentido de “face a face”. Muitos estão pensando sobre o assunto e estão chegando à conclusão de que as comunidades virtuais estão tomando o lugar das comunidades reais. Seria assim?

 

DIVERSAS: pensemos nas organizações empresariais: em quais poderia existir um sentido de comunidade entre as pessoas? O que tem em comum um funcionário do Mcdonalds de Hong Kong e um outro de São Paulo? A rigor, nada! No Rio de Janeiro popularizou-se a ideia de “comunidades urbanas”, mas sabemos que são fragmentadas, com enormes contrastes econômicos e sociais. Ainda podemos nos lembrar de nossa própria comunidade e defini-la segundo a nossa realidade. Em qualquer direção que se olhe, o conceito abrange diversas situações.

 

COMUNIDADE DE PRÁTICA: o suíço de fala francesa, Etienne Wenger, criou o conceito de “comunidade de prática”, designando “um grupo de pessoas que se unem em torno de um mesmo tópico de interesse. Essas pessoas trabalham juntas para achar meios de melhorar o que fazem, ou seja, na resolução de um problema na comunidade ou no aprendizado diário, através de interação regular” (Wikipédia).

 

THOMAS FRIEDMAN: colunista do New York Times, em entrevista à Folha de São Paulo (01/10/2017), afirmou: “Sabe, eu tenho 64 anos e não uso o Twitter, nem tenho uma página no Facebook. Eu simplesmente não estou lá. Para mim, comunidade é face a face, eu não acredito em comunidades virtuais ... Gosto de entrevistar pessoas de verdade”. Para ele, “o futuro são as comunidades reais”.

 

SINDICATOS: nesse momento de crise, há que se pensar nos sindicatos como uma “comunidade de prática”, quando todos convergem para o interesse comum do associado. Sindicatos com maior sucesso são aqueles que estão mais próximos do conceito de comunidade, em que todos (diretorias e associados) encontrem meios para melhorar o sentido de representatividade.




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