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UGT Press 604: A mente como objeto de dominação


10/04/2018

CONCEITUAÇÕES: recorremos à internet e à poderosa Wikipédia para a maioria das conceituações que seguem. CIBERNÉTICA, é a ciência que tem por objeto o estudo comparativo dos sistemas de controle automático, regulação e comunicação dos seres vivos. CIBERESPAÇO é o espaço existente no mundo de comunicação em que não é necessária a presença física do homem para constituir a comunicação como fonte do relacionamento; ainda é o espaço virtual para a comunicação que surge da interconexão das redes de dispositivos digitais interligados. CIBERSEGURANÇA é o termo que designa o conjunto de meios e tecnologias que visam proteger, de danos e intrusão ilícita, programas, computadores, redes e dados; também conhecida como segurança do ciberespaço, a cibersegurança tem se tornado uma preocupação para muitas pessoas e nações. Este conjunto de definições abrange um novo mundo virtual, em expansão e sofisticação tecnológica que incluem novas práticas, algumas nocivas e que colocam em risco a segurança do mais moderno sistema de comunicações da atualidade.

 

HACKERS: o hacker é um personagem marcante do universo cibernético. Palavra nova, com conotação negativa que “está relacionada aos piores e mais experientes invasores que navegam pela rede”. Realmente, este grupo heterogêneo de pessoas, espalhadas pelo mundo, vem recebendo a atenção de governos, empresas e universidades. Aliás, se acredita que governos têm a seu serviço grupos de hackers, trabalhando na obtenção de segredos de Estado ou de empresas, alvos preferidos por razões óbvias. O roubo de dados é hoje um negócio lucrativo. Os hackers utilizam-se de robôs, tem programas próprios elaborados para a invasão de sistemas e sobre eles paira uma aura de mistério que lembra os tempos da CIA e KGB. Há muita informação e estudos sobre o tema. Um bom, disponível na rede é “Os hackers e a pirataria cibernética”, de vários autores, publicado pela revista Terra e Cultura 39 (web.unifil.br). Daí, já se cunhou também o termo “ciberespionagem”, que é a “espionagem prática através da internet ou de outras redes de computadores”. Então, estes termos se popularizam - ciberespionagem, ciberespião, ciberataques, ciberpirataria, etc. O problema é tão grande que a União Europeia criou uma agência para combater a pirataria e os hackers. Calcula-se que, nos últimos cinco anos, os prejuízos foram de mais de 50 bilhões de dólares com pirataria, algo em torno de 10 bilhões ao ano, com perspectivas crescentes.

 

NÃO É SÓ FINANCEIRO: os prejuízos não são só financeiros ou estratégicos, estes nos casos de revelações importantes de segredos militares. No mundo do tráfico de drogas, no México, há notícias de jovens assassinados porque descobriram situações de relacionamento ilícito entre políticos e traficantes. O aviso foi sério, amedrontador e definitivo: “a cada informação divulgada, mataremos 10 pessoas”. Então, a conclusão a que se chega é que este tipo de serviço de ciberespionagem não está mais restrito à simples coleta de dados ou invasão de computadores. Este novo mundo, que requer especialização e experiência, expandiu-se para outros ramos, incluindo o mundo do crime.

 

MAS, TEM MAIS: as eleições americanas, o plebiscito da Colômbia e do Reino Unido mostraram o outro uso das redes de computadores, instalados praticamente em todos os lares. A influência das pessoas através da manipulação de informação, o fenômeno das “fake news” (notícias falsas) e outras inúmeras formas de abordá-lo em sua própria casa, em seu isolamento cibernético. Todos estamos vulneráveis. Segundo Laura Galante (ted.com), “o recurso mais precioso de hoje é a mente das pessoas”. Dá para imaginar? A sua mente sendo manipulada, sem que você tenha consciência disso. Novos estudos sobre o cérebro estão oferecendo respostas inquietantes para essas possibilidades que se abrem no campo da investigação da inteligência humana. O pior é que isso está adiantado, tem gente fazendo o inimaginável e nós sequer sabemos. 

 

ALGORITMO: “algoritmo é uma sequência finita de instruções bem definidas e não ambíguas, cada uma das quais devendo ser executadas mecânica ou eletronicamente em um intervalo de tempo finito e com uma quantidade de esforço finita”. Entendeu? Difícil. “Um algoritmo não representa, necessariamente, um programa de computador e sim os passos necessários para realizar uma tarefa”. Melhorou? Pense no seu carro: ligar, liberar freios, engatar, acelerar, seguir, virar à direita, seguir, parar, desligar, brecar, ligar o alarme. Fácil, não? Você faz isso todos os dias. Um algoritmo é semelhante: são passos em sequência racional, contudo tão rápido, mais rápido do que sua mente é capaz de acompanhar. Com o tempo, vamos nos familiarizar mais com isso. O exemplo do carro cabe porque em pouco tempo teremos carros sem motoristas. Bem, vamos parar por aqui. São informações relevantes, porém incompletas. Todavia, é preciso se preparar para esse novo tempo de inteligência artificial, cibernética e algoritmos. Estar preparados, sobretudo, para que a nossa mente não seja alugada sem que saibamos.

 




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