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Representantes da Área Internacional das Centrais Sindicais, Federações e Sindicatos se reúnem na UGT


25/08/2016

A convite da Secretaria de Relações Internacionais, companheiros que atuam na Área Internacional da UGT, Nova Central Sindical, CSB, FENAJUD, SINDIJUS/ Espírito Santo, e SINDECON, se reuniram na sede da UGT, no dia 16 de agosto/2016, para uma discussão informal, avaliando a atuação da bancada mundial dos trabalhadores na 105ª Conferência Internacional do Trabalho, realizada em Genebra, e a situação do mundo do trabalho, com objetivo de viabilizar uma melhor representação na 106ª CIT.

 

Wagner Souza, durante  105ª CIT, participou de um consenso das Centrais brasileiras em realizar esse evento informal, e colocou de imediato a sede da UGT e toda a sua estrutura para receber os companheiros e companheiras coirmãos em defesa de trabalho decente dentro do mundo do trabalho. No início de sua fala, destacou que “os representantes dos trabalhadores realizaram um excelente trabalho na 105ª CIT, participando ativamente das Comissões e dos Debates. Nesse encontro, queremos analisar os resultados práticos de nossa atuação, e começarmos a planejar as nossas atividades na discussão dos temas que já estão propostos e os demais que ainda serão propostos para a 106ª CIT, em 2017, que são: primeiro tema – Trabalho decente para a segurança da paz e resiliência contra catástrofes: revisão da recomendação 71 – desenvolvimento de padrões, procedimentos e discussão dupla. Nota: discutido na 105ª CIT-2016; segundo tema: discussão recorrente sobre o objetivo estratégico de princípios e direitos fundamentais no trabalho, sob o acompanhamento da Declaração sobre Justiça Social. Nota: discutido na 104ª CIT-2015, com um parêntese (proteção dos trabalhadores) ; terceiro e quarto temas: somente após a reunião do Conselho de Administração da OIT que acontecerá de 26 de outubro a 9 de novembro deste, em Genebra, por ocasião da 331ª Sessão.”

 

Além de conversarem de forma transparente sobre os temas das Conferências, os participantes ouviram uma explanação do companheiro Cunha, SECRETÁRIO PARA ASSUNTOS ECONÔMICOS da UGT e Vice-Presidente para assunto sindicais da CONTEC-SP, sobre o tema: Reino Unido e Comunidade Europeia: implicações da decisão da Inglaterra de abandonar a Comunidade Europeia. Após a palestra houve uma rodada interessante de perguntas e respostas sobre o tema tão relevante.

 

Para o Secretário Adjunto da Secretaria Internacional, Nilton Rocha, “como primeiro evento que reuniu as pessoas envolvidas na Área Internacional, portanto, especialistas nos debates e assuntos que são tratados na Conferência Internacional do Trabalho, o resultado foi muito bom, pois o objetivo maior é o de fortalecer esse grupo, dando-lhe subsídios para que se preparem adequadamente com vistas a 106ª CIT, dando-lhe suporte e relatórios que embasarão suas falas e decisões”.

 

O companheiro Aelson Guaita, da CSB, afirma que “temos 2 batatas quentes na mão: uma a questão do trabalho decente em zonas de conflitos étnicos, pois o artigo 10 da Recomendação 71, afirma que o povo vencedor deve dar trabalho decente para os que perderam a guerra. Quem venceu vai querer mesmo dar esse trabalho decente para seus inimigos? Questiona o companheiro. E a segunda é: Como responsabilizar os governos e as multinacionais pelo trabalho escravo ou pelo subemprego nos países onde empresas fazem parte da cadeia global de produção. Nem os governos, nem as empresas vão aceitar serem responsabilizados pelas ações das empresas que fornecem seus materiais. A discussão será muito difícil, encerra o companheiro”.

 

Edson Stefani, 2º Secretário Adjunto para assuntos das profissões liberais da UGT – SNAPL, membro do Conselho Nacional de Imigração, destacou que “a Inglaterra ao sair da União Europeia fechou a porta para a questão humanitária, impedindo a entrada em seu território de imigrantes, principalmente do Leste Europeu. As pessoas mais conservadoras, com medo da imigração desenfreada tomaram a decisão de sair, sem levar em conta outras questões, como, por exemplo, a economia tanto da Inglaterra quanto da União Europeia. Isto não vai ser bom nem para a Economia nem para a segurança mundial”.

 

Samuel Antunes, da NCST, destaca que “quanto ao assunto do Reino Unido que foi amplamente debatido, parabeniza a atuação do companheiro Cunha da UGT e debateu a questão da resiliência quanto a resolução 71 da OIT que foi elaborada exatamente na crise de guerra e que no dia de hoje, ela pode ainda ser utilizada, pois estamos em tempo de acolhimento de refugiados e nada impede da OIT nesses tempos de conflitos melhorar a redação e aplica-la nos países que acolhem esses imigrantes. Lembrou também que as Centrais Sindicais que sempre se reúnem em Genebra ou em atividades internacionais deveriam fazer a sociabilização em tempo hábil dos eventos em que será importante a participação das demais Centrais Brasileiras, evitando a comunicação tardia ou parcial, que acaba tornando inviável a representação dos companheiros que militam na área internacional”.

 

O companheiro José Roberto Cunha Junior apresentou uma palestra sobre o Reino Unido e sua saída da União Europeia, e destaca que “esta decisão que foi tomada não foi consensual e muito menos unânime, pois 2 países que formam o Reino Unido votaram para permanecer e 2 países votaram para sair; além disso, os jovens votaram para permanecer e os idosos da Inglaterra e País de Gales, para sair. Outro detalhe é que as Cidades pequenas votaram para sair, as grandes, como Londres, votaram para ficar. Afirma também que o processo deverá ser longo, apesar da União Europeia querer que a decisão e saída sejam rápidas. Após a formalização da decisão do Plebiscito, o Reino Unido terá dois anos para sair do bloco. Neste período, com certeza, haverá muita negociação podendo, inclusive, ser revertida a decisão com um novo plebiscito. A conclusão é que todos perdem com a decisão do Reino Unido!”

 

O companheiro Marcos Antonio, do Sindicato do Judiciário do Espírito Santo e Secretário Geral da FENAJUD,  assim se expressou “Avaliamos ser extremamente importante a participação da FENAJUD na 105ª Conferencia Internacional do Trabalho e esperamos de agora em diante termos representantes de forma efetiva na 106ª e também nos outros eventos internacionais. Os ataques aos servidores públicos e aos trabalhadores do país exigem uma atuação mais coordenada não só em nível nacional mas também internacional. Importante a avaliação do companheiro Cunha sobre o momento internacional em que vivemos sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, que ele julga que o Reino Unido não irá se retirar. Parabenizamos a iniciativa da avaliação”.

 

Sentindo a necessidade de se reunirem, mesmo que de forma informal, em consenso, ficou decidido agendar uma próxima reunião para o dia 8 de novembro.

 




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