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Economistas consultados pelo Banco Central reduziram a a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2017. De acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda (12), a alta deve ser de 0,41% contra a projeção anterior de 0,50%.

Embora o PIB do primeiro trimestre tenha crescido 1%, na opinião dos sete integrantes do Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos), grupo formado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) que se dedica a marcar o início e o fim de períodos de expansão e queda da atividade no Brasil, é prematuro concluir que a recessão acabou.

Já a projeção para a taxa básica de juros permaneceu inalterada para este ano e o próximo, com perspectiva de ritmo mais fraco de corte da Selic em julho e crescimento menor tanto em 2017 quanto em 2018.

O levantamento mostrou que os economistas consultados permanecem vendo a Selic a 8,5% tanto no final de 2017 quanto de 2018.

Para a reunião de julho, eles veem um corte de 0,75 ponto percentual, depois de o BC ter reduzido no fim de maio a taxa em 1 ponto percentual, a 10,25%.

Na ata desse encontro, a autoridade monetária repetiu que a redução moderada do ritmo do afrouxamento monetário deve se mostrar adequada em sua próxima reunião, em função da crise política. Esse cenário foi reforçado pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn, na sexta-feira (9).

As expectativas do Top-5, grupo que reúne aqueles que mais acertam as projeções, também não mudaram, com a Selic calculada em 8,38% e 8% respectivamente neste ano e no próximo, na mediana das projeções.

A conta para 2018 também caiu, em 0,10 ponto percentual, e agora é de crescimento de 2,30 por cento.

A estimativa para a inflação neste ano foi reduzida em 0,19 ponto percentual, chegando a 3,71%. Para 2018, a redução foi de 0,03 ponto, a 4,37%.

Em maio, o IPCA subiu 0,31% e alcançou em 12 meses 3,60%, nível mais baixo em 10 anos. 

Fonte: Folha de SP