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O senador Otto Alencar (PSD-BA) demonstrou que não é somente nos discursos dos períodos de eleição que os parlamentares precisam dizer que irão lutar por uma sociedade justa e igualitária, visto que esse gesto é feito e avaliado por toda a população por meio das ações práticas e efetivas no dia-a-dia dos políticos.

Diante disso, a votação desta terça-feira (20), na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS)  sobre o Projeto de Lei da Câmara 38(PLC38), que versa sobre a reforma trabalhista, foi fundamental para a sociedade saber quem ocupa esses cargos públicos, governando para a sociedade e não somente para interesses de determinados setores.

Segundo o senador Otto, o projeto que chegou da Câmara dos Deputados está tão inflexível que o relator não aceitou uma emenda de nenhum senador. “O senado fica como ente homologatório do que vem dos deputados federais, essa é a primeira vez que vejo o governo tomar uma posição assim, mas depois dizem que o presidente vai fazer uma medida provisória de bondade para reestabelecer aquilo que os senadores quiseram modificar, acho isso muito negativo para o Senado, que é a casa revisora dos projetos que aqui chegam”, disse o senador.

Em seu discurso, o senador Otto falou do estudo feito por assessores do Senado e divulgado pelo Jornal Estado de São Paulo, que diz que reformas irão prejudicar mulheres, pobres e negros. “A corda vai quebrar  do lado mais fraco, o que tem menor escolaridade, pois esse será lesado em seus interesses trabalhistas, já que assinarão contratos de trabalho sem ter conhecimento dessa legislação complexa, sem assistência dos sindicatos. São uma série de artigos que colocam em risco o trabalho e o trabalhador brasileiro”, concluiu Otto Alencar durante sua votação no CAS.