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O Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem de Bauru e Região (SATE) filiou-se a União Geral dos Trabalhadores (UGT). A assinatura de filiação aconteceu na tarde desta sexta-feira (11) com a presença de Ricardo Patah, presidente nacional da central.

Presidido por Ivanilda Barbosa da Silva Rosa (Nilda Rosa), o Sindicato foi fundado em 24 de julho de 2015 e recebeu a carta sindical em 31 de julho. “A entidade nasceu da necessidade de lutar pela categoria, daí foi montado um grupo com um representante em cada um dos seis hospitais e no ambulatório do nosso município.”

Ivanilda tem história na luta em prol dos trabalhadores e da sociedade bauruense, pois quando trabalhava no Hospital de Base, foi eleita pelos trabalhadores para ser a representante trabalhista na diretoria da entidade e constatou que havia sido feito um empréstimo na Caixa Econômica Federal sem assembleia ou aval dos conselheiros. “O presidente, a época, junto com mais dois diretores tinham feito o empréstimo em nome da Entidade que não tinha medicamentos, comida, faltava maquinários, toalhas para secar as mãos, ou seja, ninguém sabia o que tinha sido feito com o dinheiro e o hospital estava numa situação calamitosa”, explica Nilda.

“Como eu não fazia parte da diretoria, fui praticamente jogada lá, eu fui só ouvindo e reunindo provas, então guardei atas e todo documento que eu tinha acesso, um dia, de tanto eu perguntar desse dinheiro me irritei e falei que iria denunciar. Fiz três pastas de documentos e entreguei uma para o Ministério Público, uma para a Polícia Federal e outra para o jornal da nossa região”, disse a presidente.

Nilda explicou que no dia seguinte em que fez a denúncia ela foi mandada embora por justa causa, pois além de querer saber sobre o empréstimo, ela exigia explicação em relação a um dentista que recebia o salário de R$ 75 mil, mas que nunca aparecia para dar expediente. “Esse dentista era filho do presidente e ele sozinho ganhava mais que toda a equipe de auxílio junta e o hospital naquela lastima, com o povo sofrendo para ser atendido e nós, literalmente, tirando leite de pedra para trabalhar.”

“Depois de seis meses, o hospital foi invadido pela Polícia Federal e toda a diretoria executiva foi presa, foi um escândalo para a cidade, mas precisava ser feito. Eu não conseguiria ficar tranquila sabendo daquilo e não fazer nada. Como eu estava certa, acabei reintegrada na empresa”, disse a sindicalista.

Segundo Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, o sindicalismo precisa de pessoas aguerridas, que levam consigo o espírito da solidariedade e amor pelo próximo. “O SAT é uma entidade já nasceu forte, primeiro por ser composto majoritariamente por mulheres e, como não poderia ser diferente, até pela natureza da atividades exercida pela categoria, solidariedade faz parte do dia a dia desse profissionais”.

O líder ugetista ressaltou que a filiação do SATE nos quadros de associados da UGT é muito importante, principalmente porque neste momento tão conturbado de mudanças nas relações trabalhistas e no movimento sindical, a união das entidades é fundamental.

Nilda Rosa esteve visitando a UGT acompanhada com Karina Brunherotto, Kelly Camargo e Cleonice Aparecida Oliveira.