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Após reunião com Temer, Meirelles eleva previsão do PIB para 3% em 2018


29/08/2017

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira (28) que espera um crescimento da economia "ao redor de 3%" em 2018. A afirmação foi feita minutos após uma reunião ministerial no Palácio do Planalto, no momento em que o governo Michel Temer se prepara para enfrentar uma nova denúncia contra o presidente.

 

"Nossa expectativa é darmos no próximo ano ritmo de crescimento acima de 2,5%, possivelmente ao redor de 3%", disse Meirelles.

 

O ministro, porém, foi na contramão do anúncio feito pelo próprio governo há duas semanas, com redução da expectativa de crescimento da economia do ano que vem de 2,5% para 2%.

 

Questionado sobre essa diferença nas estimativas, Meirelles afirmou que a previsão contida no Orçamento, de 2%, tem mesmo que ser conservadora. "Não devemos trabalhar com, por exemplo, possibilidade de qualquer nova revisão de meta", completou.

 

O chefe da equipe econômica de Temer também afirmou que o PIB do segundo trimestre deste ano, que será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (1º), deve ser "baixo" e "próximo do equilíbrio".

 

"Um pouco para cima, um pouco para baixo. Isso não quer dizer muito, porque é efeito da agricultura."

 

O ministro da Fazenda evitou prever um prazo para que o Congresso Nacional aprove a nova meta fiscal –o governo aumentou o deficit de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões–, mas deu o recado de que, se isso não ocorrer, será necessário aumentar tributos.

 

"Vamos supor que não seja aprovada a revisão da meta, por exemplo, para 2017 e 2018. Nós vamos ter que trabalhar com restrições muito severas de despesa. E talvez outras medidas da área da receita também. O que nós anunciamos é um Orçamento factível, realista e que será cumprido. E propusemos uma nova meta que permitirá um melhor funcionamento do governo, da máquina pública, evitando-se o aumento de tributos", disse.

 

Meirelles e o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) concederam entrevista coletiva após a reunião ministerial convocada por Temer.

 

SEGUNDA DENÚNCIA

 

A expectativa no Palácio do Planalto é que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresente a segunda denúncia contra o presidente antes de deixar o cargo, em 17 de setembro.

 

Essa possibilidade, considerada "a maior do mundo" por Padilha, fez com que Temer esvaziasse sua comitiva à China, para onde embarca nesta terça-feira (29). O objetivo é que seus principais ministros permaneçam em Brasília e se dediquem à articulação política e à defesa do governo.

 

Meirelles e Dyogo Oliveira (Planejamento), por exemplo, vão acompanhar a votação da revisão da meta fiscal. Já Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Padilha, este inicialmente escalado para a comitiva que viaja à Ásia, ajudarão na defesa de Temer, caso haja a nova denúncia da PGR, além de fazerem o monitoramento da base aliada para as votações.

 

CRISE POLÍTICA

 

Padilha admitiu a possibilidade de Temer enfrentar uma segunda denúncia, mas tentou descolar a economia da crise do governo.

 

Ele disse que, caso haja uma nova denúncia contra o presidente, o governo estará preparado para agir política e juridicamente. "A economia está andando com as próprias pernas", completou o chefe da Casa Civil.

 

Meirelles, por sua vez, fez questão de enumerar índices da economia que apresentaram melhoras nos últimos meses para ecoar a tese de que a crise política do governo Temer não prejudica a economia. "A economia real está reagindo bem. Temos histórico recente que mostra que estamos crescendo", declarou.

 

O presidente reuniu seus auxiliares um dia antes de seu embarque para a China –onde participa de reunião da cúpula dos Brics– justamente com o objetivo de afinar o discurso em defesa do Planalto e tentar mudar a pauta negativa do governo, mergulhado em uma crise política desde 17 de maio, após a delação da JBS.

 

Temer fez uma fala rápida no início do encontro, depois passou a palavra para o ministro da Fazenda, que fez um balanço de sua gestão à frente da equipe econômica. O peemedebista quer que seus ministros listem obras e projetos que têm possibilidade de serem tocados nos próximos meses e vai marcar uma nova reunião no seu retorno da Ásia para que os auxiliares façam uma espécie de prestação de contas.

 

Fonte: Folha de SP


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