19/10/2017
Não compre remédio sem fazer uma pesquisa de preços. Pela internet mesmo, que é ótima aliada. São vários os sites especializados que oferecem levantamento e comparação dos custos de medicamentos, abrindo caminho para boa economia.
Um desses sites é o “Consulta Remédios”, que realiza a pesquisa e informa os destaques todo mês. Em setembro, um deles foi a medicação Anastrozol, um repositor hormonal feminino. E não é para menos.
Ao entrar no site www.consultaremedios.com.br e procurar por esse remédio, você terá uma página com os resultados e a indicação de que o preço mínimo é R$ 41,90, na GlobalFarma, e o máximo, R$ 499,28, na DrogariaNet e na Minas-Brasil. Todas com compra pela internet e entrega em casa. Mesmo considerando alguma diferença no valor do frete, entre os preços ela vai continuar absurda.
E não estamos falando aqui de marcas distintas: a base foi o mesmo medicamento genérico da Eurofarma, de 1 mg, caixa de 30 comprimidos.
Ainda que se considerem outros fatores, como se o remédio é do tipo genérico ou não, a distinção de imposto entre os Estados, a localização física da farmácia, o transporte, nada disso justifica uma distorção desse tamanho nos preços. Com o valor do mais caro, o consumidor compraria 10 caixas do mais barato e não apenas uma.
As diferenças continuam expressivas também na comparação entre as grandes redes de farmácia. Na drogaria Onofre, o mesmo remédio sai por R$ 330,78 e na Raia, por R$ 305,65.
Precisa de mais um exemplo para se convencer da importância da pesquisa? A Rosuvastatina Cálcica-10 mg, redutora de colesterol, também foi destacada na pesquisa, com preço mínimo de R$ 15,75, na Drogaria Nova Esperança, e máximo de R$ 105,01, na Poupafarma. Uma diferença de 567%.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulga uma lista com os preços máximos para cada remédio. Dê uma espiada no site www.anvisa.gov.br para ver preços e ter uma ideia do que está caro ou barato.
O mesmo tipo de informação e comparação pode ser obtido em outros sites do setor. Entre eles estão o www.maispreco.com, www.remediobarato.com e www.cliquefarma.com. Basta informar o nome do medicamento para descobrir onde pode ser comprado pelo melhor preço.
Quem tiver dúvidas na substituição de um medicamento por outro, com preço mais baixo, deverá consultar o médico sobre a qualidade e as implicações da troca.
A economia obtida com a pesquisa pode ser considerável para qualquer consumidor que precisa comprar remédios, mas especialmente para quem faz uso contínuo deles. Além disso, vale a pena ir atrás dos descontos.
Mais economia
Procure pelos descontos oferecidos pelos laboratórios, que podem chegar a 75% no preço do medicamento para qualquer pessoa, independentemente de idade ou renda familiar.
Para mais informações e se cadastrar, entre no site do fabricante e tenha em mãos a receita, seu CPF e o número do registro do médico no Conselho Regional de Medicina (CRM). Outra opção é fazer o cadastro na própria farmácia no momento da compra ou, ainda, pedir descontos oferecidos por alguns planos de saúde.
Programas públicos
Já foi o tempo que a população podia contar com uma assistência mais ampla do governo em relação a medicamentos. Em março deste ano, o presidente Michel Temer cortou os financiamentos para as unidades próprias do programa “Farmácia Popular”, mantidas em postos de saúde, estaduais ou municipais.
O programa está restrito à distribuição gratuita de medicamentos por meio da rede privada de farmácias e drogarias, que exibem o cartaz “Aqui tem Farmácia Popular”, mas inclui apenas 25 remédios – a lista inicial trazia 112 itens. Para conseguir o remédio na rede particular, é preciso apresentar CPF, receita médica com prazo de validade de até 120 dias depois de passada pelo médico e um documento com foto.
O governo do Estado de São Paulo mantém o Programa Dose Certa, que distribui remédio gratuito, desde que receitado por médico do serviço público de saúde. Ele distribui remédios para o tratamento de doenças comuns e de seus sintomas, como verminoses, febre, dor, infecções, inflamações, pressão alta e doenças do coração e anticoncepcionais pelos postos de saúde.
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores