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Pesquisa de taxa de previdência privada eleva renda no longo prazo


27/11/2017

A busca por retorno maior na previdência privada exige que o investidor se exponha a risco mais elevado, em especial quando jovem, mas esse não é o único fator que vai determinar o desempenho do plano no longo prazo.

 

Talvez até mais importante, na avaliação de especialistas, a taxa de administração pode fazer grande diferença no ganho do poupador.

 

Levantamento da consultoria de investimento Magnetis mostra que, em 30 anos, a contratação de um plano com taxa mais salgada pode significar R$ 36 mil a menos no bolso, no caso de um VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) na tabela regressiva –cujas alíquotas caem até alcançar 10% após dez anos de aplicação.

 

No PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres), que conta com benefício tributário para quem faz a declaração completa de Imposto de Renda, um ponto percentual a mais na taxa cobrada pode representar diferença de R$ 50 mil em três décadas.

 

"A taxa é muito importante quando se fala em aposentadoria, o prazo é muito longo. Em seis meses, pode não fazer tanto efeito. Mas, em 30 anos, é a diferença de se aposentar com X ou com 2X", afirma Luciano Tavares, presidente da Magnetis.

 

Ele ressalta que, no levantamento, a consultoria não considerou a taxa de carregamento, cobrada por algumas seguradoras na aplicação dos recursos e que costuma ser extinta após prazo determinado em contrato.

 

Maristela Gorayb, planejadora da associação Planejar, diz que a taxa é importante para remunerar o gestor, mas que é preciso verificar o impacto no ganho do investidor. "Vivemos uma tendência de queda de juros. Se mantivermos uma estabilidade dos juros reais baixos, as taxas de administração vão ser proporcionalmente mais impactantes", adverte.

 

IMPOSTO

 

A escolha da tributação também afeta o ganho. Na simulação, o mesmo plano PGBL com taxa de administração de 0,5% pode render R$ 55.258 a menos na tabela progressiva, a mesma usada na declaração de ajuste anual de Imposto de Renda.

 

Na comparação de investimento por cinco anos do mesmo VGBL com taxa de 1% ao ano, o valor resgatado na tabela regressiva é de R$ 14.702. Na progressiva, tem leve aumento para R$ 14.721.

 

Conseguir taxas melhores passa ainda por procurar opções fora das grandes instituições financeiras. "O mercado de previdência, como o financeiro, é muito concentrado. O investidor tende a fazer os investimentos em seu próprio banco. Esse é um dos principais motivos pelos quais os bancos cobram taxa tão alta: a pouca competitividade entre os produtos", diz.

 

De acordo com dados de setembro da Anbima (associação das entidades de mercado), instituições ligadas aos cinco maiores bancos do Brasil tinham 91,4% da gestão dos fundos de previdência –excluindo fundos de pensão.

 

O último ponto a ser considerado por quem quer guardar dinheiro com foco em aposentadoria é a real necessidade de contratar um plano de previdência privada.

 

Na simulação, o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica de juros, teve o terceiro melhor rendimento em 30 anos –perdeu apenas para planos PGBL com taxa de administração até 1%. "Dependendo da taxa, não vale a pena ficar numa previdência privada", diz Tavares.

 

Fonte: Folha de SP


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