30/11/2017
Não houve consenso entre as bancadas dos trabalhadores, empresários e governo para a definição de um percentual de reajuste do piso salarial do estado do Rio de Janeiro para 2018. Este foi o resultado das inúmeras audiências públicas realizadas pelo Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Geração de Renda (Ceterj) para a construção de uma proposta de reajuste do piso regional do próximo ano.
Mediadas pela Comissão de Trabalho, Legislação e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), as negociações entre as bancadas dos trabalhadores e dos empregadores, iniciadas em junho, foram encerradas no dia 22 de novembro, porém sem avanços.
De acordo com Cláudio Rocha, diretor jurídico da União Geral dos Trabalhadores do Rio (UGT-RJ) e membro do Ceterj, “os trabalhadores haviam apresentado uma proposta inicial de reajuste de 6,80%, chegando a 5,05%, o que corresponde à previsão inicial de reajuste do salário mínimo de 2018, que era de 4.05%, acrescida de 1% a título de recomposição das perdas dos últimos anos, em especial quando da aglutinação das faixas”.
A Bancada dos Empresários, no entanto, afirma Rocha, lamentando a falta de consenso entre as bancadas, “fez a proposta de reajuste zero, mantendo-se para o ano que vem os valores de 2017.
O próximo passo, esclarece Rocha, será o envio, pela Secretaria de Trabalho e Emprego, de um ofício para o governador, informando que as bancadas dos trabalhadores, empresários e governo não chegaram a um consenso na discussão do reajuste do piso.
“Houve apenas consenso na manutenção das seis faixas salariais e na nomenclatura de algumas profissões por conta da CBO (Classificação Brasileira de Ocupações). O governador vai, então, analisar e elaborar uma mensagem que vai para a Alerj sobre o reajuste podendo, ou não, considerar o trabalho realizado pelo Ceterj”, conclui o ugetista Cláudio Rocha.
UGT - União Geral dos Trabalhadores