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Bolsa registra alta de 11,14% e tem melhor janeiro em 12 anos


01/02/2018

Com um mês marcado pelo otimismo dos investidores no exterior e com as expectativas renovadas internamente - principalmente após a manutenção da sentença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça -, a Bolsa fechou o primeiro mês de 2018 aos 84.912,69 pontos, uma valorização acumulada de 11,14%. Trata-se do melhor resultado para o mês  de janeiro em 12 anos. Em 2006, o índice à vista ostentou alta de 14,73% no acumulado do mesmo mês.

 

No câmbio, o dólar encerrou o mês abaixo dos R$ 3,20, com queda de 4,05%, a maior em seis meses. Em julho do ano passado, a moeda caiu 5,87%.

 

Ibovespa. O Ibovespa encerrou a sessão de negócios desta quarta-feira, 31, com ganhos de 0,51%, aos 84.912,69 pontos. Com isso, a bolsa chegou ao fim de janeiro acumulando valorização de 11,14%. 

 

Depois de dois dias de correção, com quedas de cotação, o mercado acionário brasileiro abriu em alta com o Ibovespa nesta quarta-feira, chegando a testar o patamar inédito dos 86 mil pontos no final da primeira etapa do pregão. 

 

No entanto, o ritmo foi arrefecendo ao longo da tarde. Imediatamente após o anúncio da decisão do Federal Reserve (Fed) de manter a taxa de juros inalterada o índice ampliou os ganhos, em um movimento bastante pontual, mas desacelerou logo depois.

 

O volume de recursos estrangeiros também fez diferença para o desempenho mensal. Segundo a B3, até o dia 29 de janeiro, o saldo positivo de recursos estrangeiros foi de R$ 9,527 bilhões. Isso significa 70% do registrado em todo o ano passado (R$ 13,4 bilhões).

 

"Hoje é um bom reflexo do mês como um todo, com os investidores muito otimistas", disse Filipe Villegas, da Genial Investimentos, para quem o principal impulso ocorreu no dia 24 - quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado em segunda instância, além de ter sua pena elevada.

 

Rodrigo Martins, gestor na AQ3 Asset Management, compartilha a opinião e complementa dizendo que a pesquisa Datafolha mostra um cenário com risco menor de um governo que não seja pró-reforma. "A bolsa pode ganhar mais tração quando ficar claro quem realmente vai liderar. O mercado começa a descartar os piores cenários eleitorais", disse.

 

Villegas e Martins lembraram que foi um mês no qual o ambiente exterior benigno levou mercados acionários dos Estados Unidos à Ásia a baterem marcas históricas. Aliado a isso, a maior perspectiva de crescimento também elevou boa parte das cotações das commodities, o que sempre favorece o Brasil.

 

Ao fim do pregão, as blue chips, como são chamadas as ações com maior volume de negociação, desaceleraram. Ainda assim, a valorização mensal é significativa. A ações preferenciais e ordinárias da Petrobrás fecham janeiro acumulando alta de 25,96% e 22,36%, respectivamente. No setor financeiro, Itaú Unibanco PN ganhou 22,78%, Bradesco PN, 20,44%, Banco do Brasil ON, 24,70% e as units do Santander, 16,57%. 

 

Câmbio. O dólar fechou janeiro com a maior queda mensal em seis meses, abaixo de 3,20 reais, com o mercado mais otimista diante da cena política local, mas com os agentes econômicos acreditando que será difícil cair muito mais no curto prazo por conta da reforma da Previdência.

 

O dólar subiu 0,01 por cento nesta quarta-feira, a 3,1803 reais, acumulando recuo de 4,05 por cento em janeiro, maior queda mensal desde julho passado (-5,87 por cento).

 

Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,1464 reais e, na máxima, a 3,1938 reais.

 

“Como a mudança na Previdência vai contra os anseios políticos dos eventuais candidatos, dificulta o trabalho do governo em conseguir votos”, disse o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer, para quem a reforma não deve ser aprovada e, assim, o dólar tende a subir.

 

Fonte: Estadão


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