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Shoppings obtêm ganho maior na esteira do consumo


02/04/2018

Fundos imobiliários com galpões logísticos e shoppings devem se destacar neste ano, dizem especialistas.

 

Segundo Eduardo Levy, diretor da gestora Rio Bravo, eles se beneficiam da recuperação das empresas, que precisarão armazenar mais produtos, e do consumo.

 

“O aluguel do shopping depende das vendas. Conforme o crédito volta, melhora a renda da população e a parte variável do aluguel aumenta. O rendimento mensal também melhora, valorizando a cota”, diz o planejador financeiro Maximiliano Marques Rodrigues, da Planejar.

 

Fundos que têm prédios comerciais, porém, podem demorar mais para se recuperar.

“Eles alugam seus espaços para empresas de médio e grande portes, que não estão contratando ainda e não ficam nesses prédios sofisticados. A retomada do mercado de lajes corporativas deve vir a partir de 2020”, afirma Rodrigues.

 

Os fundos de papéis, que investem em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), também são opção. “Especialmente os mais antigos, que têm na carteira CRIs adquiridos a taxas muito boas. Com a queda de juros, os papéis se valorizam.”

 

Mas as perspectivas não são favoráveis para todos os tipos de fundos. Os de desenvolvimento, que investem em imóveis em construção, podem enfrentar dificuldades, afirma Pedro Guilherme Lima, da Ativa Investimentos.

 

“Eles correm o risco da obra do terreno em si, se tem atraso na construção.”

Alguns locais também devem levar mais tempo para se recuperar da crise, como o Rio. “Muitos investimentos saíram de lá. O Rio não mostra os mesmos sinais de São Paulo. Vai esboçar recuperação, mas não agora”, diz Lima.

 

Como em toda renda variável, o período eleitoral deve ter impacto sobre os fundos imobiliários, avalia Rafael Zlot, sócio do Brasil Plural.

 

Segundo ele, o efeito sobre esse tipo de fundo é mais secundário, com uma pressão sobre o dólar que poderia fazer o Banco Central elevar a taxa de juros, diminuindo o apetite por ativos de risco.

 

Fonte: Folha de S.Paulo

 


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