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UGT Press 144: Sob o signo da corrupção


23/12/2009

CORRUPÇÃO: enganam-se aqueles que veem no escândalo de Brasília, chamado pela imprensa de mensalão do DEM", um fato isolado. Hoje, não cabe aqui nem o "salvo honrosas exceções", pois todos os governos (de todas as esferas) e igualmente todos os legislativos são suspeitos de práticas indecorosas na administração de seus recursos. Essa situação ultrapassou todos os limites e não há mais que se falar em bom senso. Atingiu o mais desavergonhado patamar e, em todas as latitudes, impera a promiscuidade entre governos, políticos e fornecedores.

QUANTO PERDEMOS? impermeável à estatística, é difícil saber quanto o brasileiro perde todos os anos em função da corrupção. Sabe-se que é um enorme ralo a sugar impunemente vastos recursos que faltam à educação e à saúde, para ficar em duas das inúmeras mazelas nacionais. Ugtpress calcula que, de cada três orçamentos, um se perde. O cálculo é simples: estudos de órgãos fiscalizadores mostram que o faturamento de obras e serviços chega a ultrapassar 100% (cem por cento, mesmo!) dos valores tidos como razoáveis. A cadeia de corrupção é interminável, paga-se do fiscal de obra ao executivo principal, passando pela chamada "base aliada". São todos bichos de boca grande.

NÃO É SÓ ISSO: não se trata só de corrupção, o Brasil tem uma das mais caras máquinas públicas do mundo. Nossos legislativos custam mais do que os legislativos de nações desenvolvidas, com orçamentos infinitamente maiores do que os nossos. O Senado da República, para citar um exemplo, tem menos de cem senadores e mais de 10 mil servidores. As denúncias do não tão velho "caso Sarney" não foram apuradas e os atos secretos, segundo a grande imprensa, foram todos validados. O brasileiro tem memória curta e o caso já está esquecido.

CASOS DEMONSTRADOS: casos totalmente demonstrados com vídeos, gravações e flagrantes explícitos (dinheiro na cueca do parente de um deputado federal, por exemplo) estão totalmente impunes. Questões relevantes ficam ocultas atrás de filigranas jurídicas. Apesar da luta do Ministério Público (em São Paulo, a instituição descobriu o itinerário de milhões de dólares), ninguém foi condenado. Arruda, que já havia renunciado ao Senado, pode dormir tranqüilo. Ele terminará o seu mandato"




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