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Investidores dos EUA queriam lei para diminuir salários de brasileiros


04/10/2017

Para aqueles que ainda tinham dúvida de que o governo brasileiro aprovou a nova Lei Trabalhista para agradar investidores estrangeiros, a matéria “Reforma Trabalhista desanima investidos nos EUA”, publicada nesta terça-feira, 03 de outubro, pela Folha de São Paulo acaba com qualquer desconfiança.

 

O texto, que fala sobre a realização de um evento na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York, para abordar a nova legislação, expôs o verdadeiro motivo para essa lei ter sido aprovada de forma açodada e na contramão da vontade popular. “Então que dizer que ainda não vamos poder reduzir salários? Isso é a coisa mais anticapitalista que existe”, reclamou Terry Boyland, da CPQI, empresa que presta serviços de tecnologia a bancos da América Latina.

Ou seja, o governo brasileiro desagradou a sociedade, que sempre foi contrária a essa medida e não agradou os investidores americanos, apesar de as mudanças serem profundas, retirarem direitos trabalhistas e venderem a preços de banana a mão de obra do trabalhador e da trabalhadora do Brasil.

 

A matéria aborda também o fato de que a lei de terceirização que está vigorando ser um dos principais motivos de desagrado, pois não permite que as empresas demitam seus funcionários e os recontrate  imediatamente como prestadores de serviço, inviabilizando o que seria uma forma de pagar menos encargos trabalhistas, segundo o texto da Folha.

 

Contudo a Reforma Trabalhista agrada esses investidores em dois fatores específicos. Dificulta o acesso do empregado a justiça do trabalho e diminui o poder dos sindicatos, tornando flexível a relação capital e trabalho. “É o que mais aproxima as leis do Brasil das regras que já eram seguidas por empresas americanas”, afirmou John Gontijo, da Farkouh, Furman & Faccio, empresa que presta serviços de consultoria em Nova York.

 

Isso é uma verdadeira vergonha, pois o Brasil não é os Estados Unidos e a cultura brasileira não é a cultura norte americana, mas o texto da Folha comprova que a Lei Trabalhista que entra em vigor em novembro, não busca modernizar, não busca gerar emprego, não busca amenizar os conflitos existentes na relação trabalhista, busca nitidamente atender aos interesses de grandes corporações que visam aumentar seu capital financeiro em detrimento ao capital humano.

 

Com isso, o governo brasileiro vira as costas para a sociedade e deixa em aberto a possibilidade de empresas mal intencionadas e exploradoras que, em outros tempos eram reguladas por uma legislação que protegia o empregado, por sindicatos e pela justiça do trabalho, a partir de agora poderem fazer o que bem entender para manter sempre em ascensão a vida financeira das companhias, mesmo que para isso seja necessária a promoção do trabalho precário e de baixa remuneração, ou até mesmo que aumente o desemprego, ampliando a miséria em nosso país, o que afeta negativamente a economia de toda a nação.

 




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