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Dólar salta de 3,32% em outubro, maior alta mensal desde eleição de Trump


01/11/2017

Apesar de leve queda nesta terça-feira, 31, o dólar encerrou outubro cotado a R$ 3,27 para venda, maior alta mensal em quase um ano frente ao real, em meio a temores com o andamento da agenda econômica no Congresso Nacional e incerteza quando ao futuro da política monetária nos Estados Unidos.

 

Com isso, a moeda acumula em um mês mais do que a previsão para o IPCA do ano, o índice oficial para inflação, estimado em 3,08% pelo Banco Central (BC).

 

Segundo especialistas, o desempenho do ativo norte-americano em outubro pode significar que ele mudou de patamar no curto prazo, indo para algo em torno de R$ 3,30

 

Dia. Nesta terça, o dólar recuou 0,28%, a R$ 3,27 na venda, depois de chegar a R$ 3,30 na máxima do dia e, na mínima, a R$ 3,26. O dólar futuro era negociado com baixa de cerca de 0,40% no final da tarde.

 

Em outubro, a moeda norte-americana acumulou alta de 3,32% frente ao real, maior salto mensal desde novembro de 2016 (quando registrou alta de 6,18%, quando Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos).

 

Política. “A sensação é de que a corrida eleitoral está começando mais cedo do que o esperado e o governo está ficando mais fraco devido à falta de apoio popular. A chance das reformas estão diminuindo”, afirmou em nota a clientes o diretor da Tesouraria do banco Santander, Sandro Sobral.

 

Internamente, há ceticismo do mercado sobre a capacidade do presidente Michel Temer em dar continuidade à agenda econômica, em especial à reforma da Previdência. O mercado avalia que se a reforma não for aprovada neste ano, dificilmente será em 2018, ano eleitoral.

 

“Se a reforma não for aprovada, o dólar deve ficar entre R$ 3,20 e R$ 3,30”, afirmou o operador da corretora H. Commcor, Cleber Alessie Machado.

 

Entre meados de julho e o início deste mês, o dólar basicamente rondou os patamares de R$ 3,15 e R$ 3,20, num momento de certo otimismo com o andamento das reformas do governo, que conseguiu tirar algumas do papel, como a Trabalhista.

 

No exterior, a principal questão em jogo é a sucessão do Federal Reserve, o banco central norte-americano. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá indicar o diretor do Fed Jerome Powell como próximo presidente do Fed, no lugar de Janet Yellen, cujo mandato acaba em fevereiro.

 

Powell tem perfil menos conservador do que o economista da Universidade de Stanford John Taylor, que também faz parte da lista de Trump e chegou a ser apontado como seu favorito, alimentando temores de que o Fed poderia elevar os juros mais do que o esperado pelos analistas. Trump já disse que deve fazer sua escolha nesta semana.

 

“Se for Powell o escolhido, que é mais ‘dovish’ (mais tolerante com taxas de juros mais baixas e inflação um pouco maior), o dólar pode cair. Se for Taylor, vai surpreender bastante”, afirmou o economista da corretora Renascença Marcos Pessoa.

 

Fonte: Estadão

 


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