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Secretaria da Mulher da UGT marca presença na Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo


21/11/2017

Regina Pessoti Zagretti, secretária da Mulher da União Geral dos Trabalhadores (UGT), e representantes das demais centrais sindicais brasileiras estão reunidas em Montevidéu, no Uruguai, para a Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo.

 

Segundo a sindicalista, “empoderamento, união, troca de experiências e denúncias na luta pela mulheres são as marcas da participação das líderes sindicais no evento”.

 

“A igualdade de gênero e o empoderamento caminham juntos. Nós, como representantes dos trabalhadores, acreditamos que esse é o primeiro passo para o efetivo fortalecimento das economias, o impulsionamento dos negócios, a melhoria da qualidade de vida de mulheres, homens e crianças e para o desenvolvimento sustentável”, disse Regina.

 

A UGT, ao lado das outras cinco Centrais (Nova Central, CTB, CSB, CUT e Força Sindical), integra o Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais (FNMT). Regularmente, representantes das mulheres dessas entidades se reúnem para debater ações em busca da igualdade de gênero, salário igual para trabalho igual, combate ao assédio moral nas ruas e no trabalho, fim da violência doméstica e outros fatores que diminuem as chances de igualdade das mulheres.

 

“Hoje, existe um consenso de que esse é um problema enfrentado pela maioria dos países da América Latina. Daí a importância desses encontros, em especial essa Jornada em Montevidéu, onde mulheres de países como Argentina, Colômbia, Venezuela, República Dominicana, Panamá, Paraguai, Nicarágua, dentre outros trocam experiências a fim de se mobilizar por uma única causa”, explicou Regina.

 

“Nós, no Brasil, temos cartilhas de igualdade de gênero, distribuímos panfletos, mobilizamos trabalhadores e trabalhadoras de nossas categorias, temos departamentos jurídicos de orientação para os trabalhadores e participamos de eventos, palestras, sempre com o intuito de orientar a população. Também acreditamos que, por meio de políticas públicas e conversas nas escolas com as crianças, pregando o respeito ao gênero, podemos mudar a situação”, complementou a secretária da Mulher da UGT.

 

Existe também o fator “violência contra as mulheres” no Brasil. Embora tenham ocorrido avanços com a Lei Maria da Penha (nº 11340/2006), o País ainda contabiliza 4,8 assassinatos a cada 100 mil mulheres, número que coloca o Brasil em 5º lugar no ranking de países nesse tipo de crime.

 

Segundo o mapa da violência 2015, dos 4762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no Brasil, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que, em 33,2% desses casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex. Essas quase 5 mil mortes representam 13 homicídios femininos diários em 2013.

 

Uma pesquisa intitulada “Percepção da sociedade sobre violência e assassinatos de mulheres” (Data Popular/Instituto Patrícia Galvão, 2013) revelou que, para 70% da população, a mulher sofre mais violência dentro de casa do que em espaços públicos no Brasil.

 

“Por meio da denúncia, pelo número 180, que é gratuito, sigiloso e funciona 24 horas, podemos combater a violência contra a mulher. E é importante ressaltar que as pessoas que veem a agressão também precisam ter coragem para denunciar”, alertou Regina.

 

De acordo com a sindicalista, a Jornada Continental reforça a forma de pensar dos representantes dos trabalhadores brasileiros, de que, unidos e trocando experiências, é possível combater a perda dos direitos, diminuir a desigualdade e traçar uma rota comum com outros países para que se sobressaia o trabalhador, que é quem move a economia, e não o empresariado. 

 

“Deixo um recado para todos: empoderar é um verbo que se refere ao ato de dar ou conceder poder para si próprio ou para outrem. A partir do seu sentido figurado, empoderar representa a ação de atribuir domínio ou poder sobre determinada situação, condição ou característica. Vamos à luta!”

 

Em 2010, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou os Princípios do Empoderamento da Mulher, que guiam a luta de representantes sindicais na batalha pela igualdade. São eles:

 

1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.

 

2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os  direitos humanos e a não-discriminação.

 

3. Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.

 

4. Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.

 

5. Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.

 

6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.

 

7. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.

 

 

 

 


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