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Roberto Santiago critica Michel Temer em artigo no MetrôNews


29/05/2018

O presidente da Femaco e Fenascon (Federação Estadual e Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação Ambiental, Limpeza Urbana e Áreas Verdes) e vice-presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Roberto Santiago, escreveu um artigo para o jornal MetrôNews, tecendo críticas ao governo do presidente Michel Temer.

 

No texto, Santiago faz uma leitura sobre as ações impopulares do presidente como as alterações na legislação trabalhista, que mutilou a CLT e aboliu os direitos conquistados pela classe trabalhadora ao longo dos anos e a anunciada Reforma da Previdência. Temas como o trabalho escravo e o aumento abusivo do diesel também foram abordados por Santiago. Para ler o jornal clique aqui: https://goo.gl/YChj97

 

Abaixo o artigo na íntegra:

 

“Raio-X do governo Temer: O presidente sem o povo e contra o povo”

 

Prestes a completar dois anos do impeachment que levou ao poder o ilegítimo e impopular Michel Temer, os brasileiros assistem a uma enxurrada de retrocessos. Sem sombras de dúvidas, seu mandato ficará marcado como o governo que levou o país ao retrocesso, prejudicando, majoritariamente, a classe trabalhadora e os mais pobres.

 

Assim que assumiu o poder, Temer fez sucessivos ataques à legislação trabalhista. A começar pela aprovação da terceirização das atividades fim, ou seja, de modo irrestrito. Transformando o empregado em mercadoria a ser alugada. Depois, dispensada. Ou seja, o trabalhador é sugado, usado e depois descartado. Sem qualquer garantia dos direitos básicos e, possivelmente, com má remuneração.

 

Em seguida, os direitos garantidos pela CLT, duramente conquistados pela classe trabalhadora em vários anos de lutas, foram mutilados com a Reforma Trabalhista, que representa o aumento das desigualdades sociais, a diminuição de salários, a precarização do trabalho, adoecimento, acidentes de trabalho, entre outros.

 

Temer e seu governo levaram o país ao nível de desemprego mais alto da história do Brasil, que segundo o IBGE, chega a 14 milhões de pessoas, isso sem contar os empregos informais, os quais não asseguram nenhum direto aos cidadãos.

 

Se nas áreas urbanas, ocorre a revogação definitiva dos direitos trabalhistas adquiridos. Nas áreas rurais, há o retorno de políticas que visam restaurar um regime de trabalho do século 19 - a decisão de relaxar a definição de trabalho escravo e a redução de seus meios de controle.

 

Temer se apoiou nos grandes proprietários rurais, setor mais retrógrado do país, e nos grandes empresários, tudo isso aliado à uma bancada do Congresso constituída por grandes representantes do setor patronal, uma vez que a bancada sindical que representa os trabalhadores foi diminuída expressivamente, ou seja, os trabalhadores perderam a voz em Brasília.

 

Escândalos também não faltaram no desgoverno. As provas de corrupção contra ele e seus ministros e boa parte dos deputados e senadores são esmagadoras. Apesar de tudo, as duas tentativas de tirá-lo poder, em agosto de 2017 por corrupção passiva, e a segunda, em outubro, por obstrução à justiça e formação de quadrilha criminosa, não tiveram sucesso. É claro, ele tem a maioria.

 

Os retrocessos e os ataques contra o povo não param por aí. O presidente apresentou uma PEC para a Reforma da Previdência totalmente inadequada, para não dizer nociva, a qual dificulta o direito à aposentadoria. Oras, sabemos que a Previdência precisa de reforma, mas não nesses moldes que prejudica, principalmente, os mais humildes, mulheres e trabalhadores rurais.

 

Também no desgoverno Temer, o preço do diesel e da gasolina são surreais, nunca estiveram tão altos e abusivos. No entanto, os seus aumentos não são percebidos apenas na hora de abastecer. Em um país onde a logística é fundamentada no transporte rodoviário de cargas, os impactos são sentidos em todos os setores. E assim, mais uma vez o povo se vê refém de um mandato ilegítimo a favor das elites.

 

Não é preciso ter acesso a pesquisas para saber que a rejeição de Michel Temer é absoluta nos quatro cantos desse país. Ele tem um pífio índice de aprovação de seu governo, que segue seus últimos meses sem o apoio do povo e contra o povo.


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