A União Geral dos Trabalhadores no Estado da Bahia (UGT-BA) participou, nesta quinta-feira (30), de um encontro proposto pelo governo do Estado para mediar um conflito que está acontecendo junto ao Movimento de Luta Consciente pela Terra (MLCT), na fazenda Morro Redondo, município de Barro Preto.
A reunião aconteceu na Casa Militar e, além do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Barro Preto, presidido por Higino José Filho, participaram do encontro representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e do Governo do Estado.
“O assentamento existe há 15 anos e as pessoas que vivem lá são agricultores familiares que estão produzindo em terras que há muitos anos não são utilizadas, então o que estamos negociando é que a posse das terras seja dada aos assentados”, explica Marcelo Carvalho da UGT-BA.
Outro ponto abordado por Marcelo é referente ao tamanho da fazenda, que tem registro no INCRA de apenas 216 hectares, mas existe uma denúncia de que o total de terras da propriedade chega a 900 hectares. “É uma ocupação legítima, que acontece numa quantidade enorme de terras devolutas”, esclarece o dirigente ugetista.
Marcelo ressaltou que além de todos os problemas relacionados a ocupação, a UGT-BA pretende levar para dentro das discussões o Ministério Público do Trabalho (MPT), já que existem assentados que são ex-funcionários da fazenda, nos tempos em que ali se produzia cacau, atividade encerrada há mais de 15 anos e estes, desde que foi decretado o fim da atividade, não tiveram as baixas das carteiras de trabalho.







