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Rodrigo Pacheco (DEM-MG) é eleito presidente do Senado


02/02/2021

 

Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, o senador Rodrigo Pacheco venceu a senadora Simone Tebet (MDB-MS) por 57 votos a 21. Ele vai presidir a Casa nos próximos dois anos.

 

O senador Rodrigo Pacheco, do DEM, é o novo presidente do Senado.

 

A sessão foi aberta pouco antes das 15h. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que nos dois anos à frente da Casa encontrou resistência e dificuldade para garantir o equilíbrio entre os poderes e as instituições.

 

“Dois anos que exigiram tolerância, paciência, resiliência. A paciência de calar e não revidar uma ofensa injusta; a tranquilidade de buscar ouvir o outro lado e construir pontes todos os dias; o inesgotável esforço de construir consensos e, quando eles não foram possíveis, construirmos a mais ampla maioria ao nosso alcance”, disse Alcolumbre.

 

Para a comandar Senado nos próximos dois anos, cinco senadores se lançaram candidatos - três deles, apenas para marcar posição: o senador Jorge Kajuru, do Cidadania; Lassier Martins, do Podemos; e Major Olímpio, do PSL. Eles discursaram e, ao fim, retiraram seus nomes da disputa e declararam apoio à candidatura independente de Simone Tebet, do MDB.

 

O MDB lançou a candidatura de Simone Tebet no dia 12 de janeiro. Naquele momento, além do voto dos 15 senadores do partido, que tem a maior bancada da Casa, Tebet contava com o apoio do Podemos e de três senadores do Cidadania.

 

Mas, nas últimas duas semanas, ela foi perdendo apoio. Ela acabou abandonada pelo próprio MDB, que decidiu liberar a bancada e entrar na disputa por uma vaga na mesa diretora, a primeira vice-presidência do Senado.

 

Mesmo assim, Tebet manteve a sua candidatura até o final, e teve o apoio de dois parlamentares do PSL e um do PSB. Reafirmou seu compromisso com a independência do Senado.

 

A eleição do presidente da casa teve acusações de promessa de cargos e verbas pelo governo em troca de apoio.

 

“Não tenho cargos externos a oferecer, não tenho emendas extraordinárias a oferecer aos senhores, não tenho apoios políticos oficiais de quem quer que seja, a não ser os apoios mais espontâneos e legítimos vindos dos diversos segmentos da sociedade. Repito: o que tenho a oferecer é um trabalho conjunto a favor do Brasil. Um Senado mais que necessário, um Senado imprescindível no novo processo democrático no seu sentido mais amplo”, disse Tebet.

 

O candidato Rodrigo Pacheco, do Democratas de Minas Gerais, chegou como favorito. Escolhido pelo atual presidente, Davi Alcolumbre, e com apoio do presidente Jair Bolsonaro conseguiu adesão formal de dez partidos, inclusive de oposição ao governo: DEM, PSD, PP, PT, PDT, Pros, PL, Republicanos, Rede e PSC. Esses partidos somavam, no papel, até 43 votos, dois a mais do que o mínimo necessário para ser eleito.

 

Durante a campanha, Pacheco defendeu diálogo com o governo e, nesta segunda (1°), em seu discurso, prometeu manter a independência do Senado.

 

“Não haverá nenhum tipo de influência externa capaz de influenciar a vontade livre e autônoma dos senadores. A busca do consenso haverá de ser uma tônica, mas há instrumentos e procedimentos próprios da democracia para se extrair uma conclusão. A conclusão que advenha da vontade da maioria. Portanto, asseguro com toda a força do meu ser o meu propósito de independência em relação aos demais poderes, em relação às demais instituições”, assegurou Pacheco.

 

A votação começou pouco depois das 17h. Os senadores foram chamados para votar um a um, de acordo com a ordem de criação dos estados e também a idade. Diferentemente da Câmara, que teve votação eletrônica, a votação no Senado foi em cédulas de papel como prevê o regimento interno.

 

Por causa da pandemia, os parlamentares puderam votar também fora do plenário em urnas instaladas em pontos estratégicos do prédio. Uma delas ficou no Salão Azul. Outra bem na entrada. Quem quis, também pode votar pelo sistema de drive-thru.

 

Três senadores não compareceram: Jarbas Vasconcelos, do MDB, e Jaques Wagner, do PT, que estão de licença médica; e Chico Rodrigues, do Democratas, que se afastou depois de ser flagrado pela Polícia Federal com dinheiro na cueca.

 

Votaram 78 senadores e o favoritismo de Rodrigo Pacheco foi confirmado. Ele foi eleito por 57 votos contra 21 de Simone Tebet.

 

Ainda no plenário, recebeu cumprimentos de vários senadores. Logo após Alcolumbre passou a presidência para o eleito:

 

“Desejando-lhe todo o sucesso, todo o êxito, e lembrando a vossa excelência que, doravante, não existem mais três, quatro, cinco ou duas candidaturas, existe o Senado da República e caberá, sob a responsabilidade do senador Rodrigo Pacheco, conduzir esta casa com equilíbrio, altivez e independência em favor do Brasil”.

 

Já como presidente do Senado, Rodrigo Pacheco disse que pretende administrar a casa com união para conseguir aprovar matérias fundamentais neste momento de crise de saúde e econômica.

 

“Não existem mais candidaturas, não existem mais divisões. O Senado volta a se unir no afã de desempenhar fielmente o mandato conferido a todos nós. Somente assim poderemos caminhar em busca do que realmente precisamos neste momento: criar uma sociedade justa e livre, desprovida de preconceitos e discriminações de quaisquer naturezas; atuar com vistas no trinômio saúde pública, crescimento econômico, desenvolvimento social, com o objetivo de preservar vidas humanas, socorrer os mais vulneráveis e gerar emprego e renda aos brasileiros”.

 

Ele se elegeu com apoio do Palácio do Planalto. Em seu primeiro discurso, afirmou que vai trabalhar com independência.

 

“A união das instituições em torno do bem geral e a pacificação da sociedade brasileira, sob o manto do diálogo e da busca do consenso, tendo como paradigma a independência harmônica entre os poderes. Esse método de absoluto respeito à democracia é que nos fará buscar, juntos, os resultados práticos e efetivos para o Brasil. Ao Poder Executivo, dedicaremos parte significativa de nossos vigores, fiscalizando, deliberando suas proposições, dialogando para construir o futuro da nação. Porém, dele exigiremos respeito aos compromissos assumidos e à independência deste Poder Legislativo”.

 

O Palácio do Planalto não quis comentar a acusação de distribuição de verbas.

 

Fonte: G1




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