07/06/2023
Aconteceu, nesta quarta-feira (07/06), nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, um ato contra o PL 490, que trata do marco temporal, prevendo alterações nas regras de demarcação de terras indígenas. O ato reuniu representantes das centrais sindicais, indígenas, ativistas e artistas.
O PL 490 foi aprovado pela Câmara dos Deputados, estabelecendo que os povos originários só podem reivindicar as terras que ocupavam quando a Constituição de 1988 foi promulgada.
Para Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o projeto, que será levado agora para o Senado, desconsidera anos de ataques, expulsão e genocídio ao qual os povos originários foram submetidos de tantos anos desde a chegada dos primeiros exploradores europeus.
Na opinião do sindicalista, faltou sensibilidade dos deputados a causa indígena, pois o projeto permite o contato com tribos isoladas, o que significa que essas áreas poderão serem ocupadas para pasto, exploração de madeira e exploração de minérios, principalmente ouro de forma desordenada. "O Marco Temporal só interessa ao agronegócio. Isso pode representar o genocídio e a expulsão dos povos originários de suas terras", afirmou.
A expectativa dos manifestantes é que o STF barre o projeto.
UGT - União Geral dos Trabalhadores