05/03/2025
O Oscar inédito conquistado pelo filme “Ainda estou aqui”, de Walter Salles Júnior, significa também um prêmio à cultura, memória e ao próprio povo brasileiro.
A observação é de Sonia Santana, presidente do Sindcine, a entidade representativa dos técnicos no audiovisual de SP e vários outros Estados. O Sindicato é filiado à UGT,
A dirigente, que se destacou no mercado como Diretora de Produção, entende “que não só o diretor, mas toda a equipe engajada na realização do filme foi premiada junto com o Walter Salles”.
A dirigente falou com exclusividade na tarde da segunda (dia 2) à UGT. Sonia também se mostra otimista e vê o Oscar como um estímulo para novas produções e uma forma de que o mundo olhe mais para o Brasil e o nosso cinema.
“O prêmio veio na hora certa, com a equipe certa, a produção certa e para o filme certo”, afirma. A dirigente também observa que o “Ainda estou aqui” valoriza a mulher e mostra que uma atriz 50+ pode atuar em igualdade de condições com qualquer estrela internacional.
Sonia Santana destaca o talento de Fernanda Torres. Para a sindicalista, “Fernandinha mostrou todo o seu talento ao se mudar do humor, onde estava mais habituada a atuar, para um papel denso, tenso e dramático”. Na avaliação de Sonia, Fernanda merecia o Oscar de melhor atriz,
Recursos - A dirigente lembra que o Condecine não recebe remuneração das plataformas de streaming. Ela afirma que esses recursos seriam vitais para as produções independentes. Capitalizar o Fundo Setorial do Audiovisual é, portanto, bandeira que une todos os que atuam no setor.
“Momento é de alegria e comemoração”, diz a líder de classe, que valoriza o filme também pelo resgate histórico, revelando às novas gerações os anos de chumbo vividos pelo País na época da ditadura.
MAIS - Site do Sindcine
UGT - União Geral dos Trabalhadores