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A União Geral dos Trabalhadores (UGT) expressa sua solidariedade ao povo argentino que, na última quarta-feira (12), enfrentou forte repressão policial durante protestos contra as políticas econômicas do presidente Javier Milei. A manifestação, iniciada por aposentados que reivindicam reajustes nos benefícios, ganhou força com a adesão de torcidas organizadas de clubes de futebol, refletindo o crescente descontentamento popular com o ajuste fiscal imposto pelo governo ultraliberal.

Os atos ocorreram na Avenida 9 de Julho e se concentraram em torno do Congresso Nacional, onde manifestantes criticaram as medidas de austeridade que têm aprofundado a desigualdade social no país. Em resposta, as forças de segurança utilizaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, gerando cenas de tensão e violência desnecessária.

Para Ricardo Patah, presidente da UGT, nenhuma política econômica pode ter como foco principal a austeridade, aumentando a pobreza e o sofrimento da população. “O governo deve olhar para o povo. O Estado precisa garantir direitos, não sufocar os cidadãos com medidas que reduzem sua qualidade de vida e, pior ainda, reprimir aqueles que se manifestam legitimamente contra isso”, afirma Patah.

A UGT reforça que o direito à manifestação é um pilar fundamental da democracia e que a truculência estatal contra a população deve ser condenada em qualquer circunstância. “O uso excessivo da força e confrontos que colocam em risco a vida dos cidadãos precisam ser avaliados com seriedade. O povo tem direito de protestar, independentemente de quem esteja no poder, desde que de forma pacífica”, destaca Patah.

A situação na Argentina acende um alerta para toda a América Latina sobre os perigos de políticas que priorizam ajustes fiscais rígidos em detrimento do bem-estar social. A UGT reitera seu compromisso com a defesa dos direitos dos trabalhadores e a luta por uma sociedade mais justa, onde a voz da população seja respeitada e considerada nas decisões políticas e econômicas.