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Roberto Santiago cobra atuação política dos sindicatos e reforça alerta: “Quem não ocupa espaço, perde direitos”


28/03/2025

Em um momento de desafios e transformações para o mundo do trabalho, o presidente da FEMACO, Roberto Santiago , foi direto ao ponto durante o encontro nacional promovido pela FENASCON , nesta terça-feira (25), no centro do Rio de Janeiro: os sindicatos precisam voltar a ser protagonistas — nas ruas, nas redes e, principalmente, na política.


“Os direitos que temos hoje não vieram de presente. Foram conquistados com luta, presença e estratégia. E podem desaparecer se a gente não tiver onde as decisões são tomadas“, afirmou Santiago diante de lideranças sindicais de todo o país.


O evento, conduzido por Paulo Rossi , presidente da FENASCON, reuniu representantes de sindicatos de diferentes estados e teve como pauta principal o reposicionamento do movimento sindical diante das mudanças políticas, sociais e tecnológicas dos últimos anos.


Santiago destacou que o sindicalismo precisa se reconectar com as bases e assumir novamente seu papel como força social ativa, que influencia decisões, mobiliza trabalhadores e dialoga com a sociedade de forma clara.


“A gente não pode mais falar só para dentro. O sindicato precisa estar onde a vida do trabalhador acontece — no bairro, no trabalho, na política e também no digital.“


A comunicação, aliás, foi um dos pontos mais discutidos no encontro. O jornalista e estrategista de marketing Fabiano Polayna trouxe uma análise direta sobre a ausência das entidades sindicais no ambiente digital e os erros mais comuns na forma como se comunicam com o público.


“A grande parte dos sindicatos ainda se comunica como se esteve nos anos 90. Enquanto isso, o debate de verdade acontece nas redes. Não dá para continuar falando apenas com quem já está confirmado“, alertou Polayna.


Para ele, a comunicação sindical precisa deixar de ser reativa ou formal e passar a ser estratégica, próxima, e voltada para o engajamento real dos trabalhadores.


“Rede social não é mural de recado. É espaço de disputa de ideias. Se os sindicatos não entenderem isso, continuarão perdendo espaço e voz. A atenção das pessoas hoje é uma disputa técnica e política. E quem ignora isso, fica para trás.”


Durante sua apresentação, Polayna mostrou como funcionam os algoritmos das principais plataformas e explicou, de forma didática, como interpretou os dados de alcance, engajamento e impacto. Ele também destacou a importância de adaptar linguagem, ritmo e formato ao perfil do público que os sindicatos desejam atingir.


O encontro resultou em propostas de ação conjunta entre as entidades, com foco em três pilares: reconexão com a base , fortalecimento institucional e presença ativa no debate político.


Encerrando o evento, o presidente da FENASCON, Paulo Rossi , reforçou que o sindicalismo precisa ser mais do que resistência: deve ser presença, estratégia e transformação.


“Nosso compromisso é com um movimento sindical mais moderno, mais unido e mais preparado para os desafios de hoje. Não basta defender direitos — é preciso antecipar ameaças, ocupar espaços e dialogar com a realidade de quem vive o trabalho“, afirmou.


 

Fonte:CONASCON




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