30/04/2025
Em um dos maiores corredores culturais do mundo, a Avenida Paulista, a Exposição UGT da Paulista chega à sua 11ª edição em 2025 consolidada como uma das maiores mostras de arte ao ar livre do planeta. Organizada pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), a exposição deste ano traz como tema “Cidades: Meio Ambiente e Direitos Humanos” e apresenta obras inéditas de dois dos nomes mais relevantes da arte urbana brasileira: Xadalu Tupã Jekupé e Pri Barbosa.
Ao reunir a potência das artes visuais com o debate sobre temas urgentes, como sustentabilidade e justiça social, a UGT reafirma seu compromisso de democratizar a cultura e promover o diálogo entre o mundo do trabalho, os direitos civis e o futuro das cidades. Segundo o presidente da Central, Ricardo Patah, esta edição é um reflexo profundo do Brasil atual. “A mostra deste ano representa o Brasil na sua essência. Apresenta nossa diversidade étnica, a luta por justiça social, e isso tudo num momento tão conturbado da nossa história. A UGT tem orgulho de levar cultura gratuita para a população. Vamos construir o Brasil que sonhamos, o Brasil do povo brasileiro”, afirmou.
A mostra de 2025 destaca as obras de Xadalu, artista indígena urbano que denuncia em seus trabalhos a violência ambiental e o apagamento cultural dos povos originários, e de Pri Barbosa, conhecida por sua arte que humaniza e poética os direitos da população LGBTQIA+, das mulheres e das pessoas negras. Ambas as linguagens se cruzam para formar uma narrativa visual poderosa que convida à reflexão sobre o futuro das cidades e os direitos de quem nelas vive.
Patah também anunciou terá uma parceria inédita com a APOLGBT-SP (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo) e assim que terminar a exposição da UGT os organizadores da parada utilizarão a mesma estrutura ou chamados galhardetes para expor obras que será buscam ampliar a visibilidade da mensagem Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro. Além disso, em 2025, essa união ganha ainda mais força ao se alinhar ao tema da Parada deste ano, que destaca o envelhecimento com dignidade, a luta contra a LGBTfobia e por condições de trabalho mais justas para todas as idades e orientações.
Presente na cerimônia de abertura, a vereadora Sandra Santana, parceira de longa data da UGT, reforçou o compromisso de levar as obras para a periferia de São Paulo após o encerramento da mostra na Paulista. “A arte não pode ser privilégio de poucos. Assim que termina na Paulista, as obras vão para a Vila Brasilândia e outros bairros, CEUs e instituições culturais. Nossa missão é garantir que a arte chegue a quem mais precisa”, declarou.
Durante o lançamento, Xadalu emocionou o público ao contar sua trajetória. Relembrou sua chegada a um grande centro urbano, período em que viveu em situação de rua e como a arte foi um caminho de resistência e reconstrução. “Para mim, a arte é ver, sentir e pensar”, disse.
Mais do que uma mostra de arte, a Exposição UGT da Paulista é um manifesto público que utiliza a potência estética como instrumento de transformação. Com a expectativa de impactar mais de 5 milhões de pessoas, a edição de 2025 promete ser histórica — não apenas pela grandiosidade do evento, mas pelo poder de provocar, emocionar e inspirar um país inteiro.
Parabéns à UGT e à Maná Produções por mais um ano colocando a arte a serviço dos trabalhadores e do povo brasileiro!
UGT - União Geral dos Trabalhadores