07/05/2025
Pesquisa baseada em dados do IBGE aponta que, no último trimestre de 2024, a participação de mulheres com filhos de até cinco anos no mercado de trabalho é de 58,9%. Para as trabalhadoras sem filhos, o percentual chega a 72%, mas ainda muito diferente da participação masculina, que representa 92,2% e 89%, respectivamente, para pais e não pais.
As mães solo enfrentam desafios ainda maiores. Estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) indica que, entre as mães solo com filhos de até cinco anos, 32,4% estão fora da força de trabalho e 10% estão desempregadas. A falta de apoio e a sobrecarga de responsabilidades domésticas dificultam a inserção e permanência dessas mulheres no mercado formal.
Mulheres negras são mais afetadas pela informalidade e desemprego. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, em 2022, 62% da população brasileira em situação informal era composta por pessoas negras, sendo 25,3% mulheres negras.
Consequências da informalidade
A informalidade priva as mulheres de direitos fundamentais, como licença-maternidade remunerada, acesso à Previdência Social e estabilidade no emprego. Além disso, compromete a segurança financeira e dificulta o planejamento de longo prazo, perpetuando ciclos de vulnerabilidade econômica.
Para enfrentar esses desafios, é essencial implementar políticas públicas que promovam a conciliação entre trabalho e maternidade. A ampliação da oferta de creches públicas, a flexibilização da jornada de trabalho e a criação de políticas de valorização profissional por parte das empresas representam caminhos possíveis para que as mães trabalhadoras tenham condições de atuar com o suporte necessário para si e seus filhos.
A maternidade não deve ser um fator de exclusão no mercado de trabalho. Promover a igualdade de oportunidades para as mulheres, independentemente de sua condição maternal, é fundamental para o desenvolvimento social e econômico do país.
Fonte: Siemaco-Guarulhos
UGT - União Geral dos Trabalhadores