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Na última terça-feira (13), a Câmara Municipal de Curitiba recebeu a apresentação da prestação de contas do Plano Plurianual (PPA) 2022-2025. Durante a exposição, a presidente do Instituto Municipal de Administração Pública (IMAP), Beatriz Battistela Nadas, destacou que 90% dos produtos previstos no plano já foram executados. No entanto, a diretoria do Sindicato dos Guardas Municipais de Curitiba (SIGMUC) chama atenção para os alarmantes atrasos e descumprimentos justamente nos programas relacionados à segurança da cidade.

Um dos eixos do plano de governo da gestão anterior, denominado “Viva uma Prefeitura que não Dorme”, previa a realização de concurso público para 600 novos agentes e a modernização do Centro de Formação e Qualificação Profissional da Guarda Municipal (CFGM). Essas ações são fundamentais para fortalecer a segurança pública e garantir a qualificação dos profissionais da GM.

Segundo o relatório de 2023, consta a previsão de instalação de um estande de tiro e de uma quadra coberta no CFGM. No entanto, até o momento, essas obras sequer foram iniciadas. A ausência dessas estruturas compromete seriamente tanto a formação de novos profissionais quanto a capacitação continuada dos atuais servidores da corporação.

Outro dado preocupante apresentado pelo SIGMUC é o descumprimento das metas de recomposição do efetivo da Guarda Municipal. Gerenciado pelo Superintendente Carlos Celso dos Santos Junior, o projeto de fortalecimento da Segurança Pública previa os seguintes números de efetivo ao longo dos anos: 1.531 (2021), 1.689 (2022), 1.830 (2023) e 1.984 (2024). No entanto, atualmente a corporação conta com apenas 1.385 guardas municipais, um número muito inferior ao ideal para atender às demandas da cidade.

Além disso, o concurso público, que deveria ter tido edital lançado em 30 de dezembro de 2021, sob responsabilidade da ex-diretora de ensino da corporação, Cleusa Pereira, nunca saiu do papel. Tal omissão tem reflexos diretos na atual precariedade enfrentada pela GM. A construção do estande de tiro, cuja entrega estava prevista para 31 de dezembro de 2022, também não foi realizada, obrigando a maior Guarda Municipal do Paraná a buscar apoio em outras instituições para a realização de treinamentos, enquanto outras cidades já dispõem de suas próprias estruturas.

Mesmo com a recente autorização do atual prefeito Eduardo Pimentel para a realização de um concurso público, com número inferior de vagas, os novos guardas só devem começar a atuar nas ruas em 2026. Enquanto isso, o estande de tiro continua restrito às promessas e aos documentos oficiais, sem nenhum avanço prático.

Fonte: SIGMUC