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Com Pix automático, dinheiro em espécie pode ir para o museu


04/06/2025

Cada nova funcionalidade financeira —como o Pix automático, que será lançado dia 16 de junho—, facilita a vida dos brasileiros, mas exige atenção especial. Feito para contas recorrentes, ou seja, que pagamos todos os meses, como condomínio e mensalidades de streaming, exigirá do consumidor que tenha saldo suficiente na conta-corrente para os pagamentos de boletos nas datas agendadas, e ainda mais cuidado para não ter seu celular roubado. Com mais esse avanço, o dinheiro em espécie estará mais próximo dos museus.

O Pix, nem seria necessário dizer, é um grande sucesso. Segundo a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), foram feitas, em 2024, 63,8 bilhões de transações por Pix, 52% a mais do que em 2023.

Outra funcionalidade cujo uso tem crescido é a carteira digital (e-wallet). Mais de 80% dos brasileiros utilizaram essas carteiras em um período de 12 meses no ano passado, de acordo com estudo da consultoria PYMNTS, em parceria com o Google.


Já há muitas pessoas que raramente têm dinheiro em espécie no bolso ou na carteira física. Essa praticidade, por outro lado, faz com que o smartphone seja tão cobiçado pelos criminosos.


Em São Paulo, cidade mais rica e populosa do Brasil, mais de 500 celulares foram roubados ou furtados diariamente no ano passado. Para aumentar a nossa segurança, a sugestão é não usar o celular nas ruas das grandes e médias cidades. E, se possível, ter dois aparelhos: um bem simples, sem aplicativos de bancos, somente para telefonar, e outro mais completo, que só seja usado fora de casa ou do trabalho em situações especiais.


Em 1995, o inesquecível Jô Soares entrevistou o fundador da Microsoft, Bill Gates, que previu o uso de uma espécie de PC de bolso, que controlaria tudo. Jô perguntou qual seria a aparência e o tamanho desse PC. Gates respondeu que seria algo que coubesse no bolso e que tivesse uma boa tela.


Esse aparelho possibilitaria ao usuário ver mensagens, um pequeno mapa e qualquer coisa que fosse do seu interesse. Além disso, teria informações digitalizadas que iriam substituir dinheiro, chaves e bilhetes para que não tivéssemos de carregar essas coisas. Tudo estaria ali, interligado a uma rede de comunicações. O vídeo da entrevista está disponível nas redes sociais.


Percebemos que essa previsão se realizou completamente. A velha carteira de couro, obrigatória em outras épocas, com dinheiro, talão de cheques, documentos e cartões, foi substituída por aplicativos no celular. O cheque, a propósito, pouco é utilizado.


O que continua igual é a insegurança de quem tem praticamente todas as informações e os documentos relevantes de sua vida em um aparelho frequentemente roubado. Os governos ainda estão muito longe de garantir a segurança dos brasileiros para que possam desfrutar da tecnologia sem medo de ser alvo de criminosos.


Fonte: Folha de SP via Contec




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