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UGT marca presença na 113ª Conferência Internacional do Trabalho com defesa do trabalho decente, inclusão social e combate às desigualdades


04/06/2025

Teve início nesta segunda-feira, 2 de junho, em Genebra, na Suíça, a 113ª Conferência Internacional do Trabalho, promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O evento, que reúne representantes de governos, empregadores e trabalhadores de 187 países, é um dos mais importantes fóruns globais para debater os rumos do mundo do trabalho. A delegação brasileira conta com participação ativa da União Geral dos Trabalhadores (UGT), que levou à conferência uma representação plural, comprometida com os direitos da classe trabalhadora e com a promoção de uma transição justa para todos os setores da sociedade.


Composta por dirigentes de várias regiões e segmentos, a delegação da UGT participa ativamente dos painéis e encontros multilaterais que pautam temas urgentes, como a plataformização do trabalho, a transição do informal para o formal, os impactos da crise em Gaza no mercado de trabalho, a luta por trabalho decente, e as estratégias globais para enfrentar o desemprego e as desigualdades.


Entre os representantes da central, destacam-se: Eleuza de Cássia Bufelli Macari (vice-presidente da UGT); Josineide de Camargo Souza (secretária de Assuntos de Migração); Lourenço Ferreira do Prado (secretário de Relações Internacionais); Sidnei de Paula Corral (secretário de Integração para as Américas); Wagner José de Souza (1º secretário adjunto de Relações Internacionais); Cícero Pereira da Silva (secretário adjunto de Relações Internacionais); Washington Aparecido dos Santos – Maradona (1º secretário adjunto dos Trabalhadores Urbanitários); Gilberto Almeida dos Santos – Gil (secretário dos Trabalhadores em Veículos de Duas e Três Rodas); Débora Bacani Oliveira (1ª secretária adjunta do Terceiro Setor); Luiz Gustavo de Pádua Walfrido Filho (secretário para Políticas de Qualificação Profissional); além de Milton de Araújo, presidente do Sincomerciários de Jundiaí.


A participação da UGT tem sido marcada pela defesa intransigente do trabalho decente como base para a reconstrução social e econômica mundial. Diante dos dados apresentados pela OIT, que revisou a projeção de crescimento do emprego global de 1,7% para 1,5% em 2025, a central destacou a urgência de políticas públicas efetivas que promovam a geração de empregos de qualidade, com direitos, proteção social e condições dignas.


Outro ponto central do debate é a chamada plataformização do trabalho, fenômeno que cresce em escala mundial e desafia os sistemas tradicionais de proteção trabalhista. A UGT reforçou a necessidade de regulamentar as atividades desenvolvidas por meio de plataformas digitais, garantindo proteção social e direitos trabalhistas aos trabalhadores de aplicativos e novas tecnologias, muitas vezes expostos à precarização e à informalidade.


Durante os painéis, também foi destaque o informe da OIT sobre a grave situação em Gaza, que denuncia o colapso do mercado de trabalho na região. A destruição de fábricas, lavouras e infraestrutura gerou um impacto devastador: mais de 80% das instalações comerciais foram destruídas, com prejuízo de US$ 1,3 bilhão só no setor agrícola. A UGT manifestou solidariedade à classe trabalhadora palestina e defendeu o cessar-fogo imediato, conforme apontado pela própria OIT, como condição essencial para a reconstrução econômica e social da região.


Outro informe discutido, intitulado Empregos Diretos e Crescimento, chamou atenção para a “desilusão dos trabalhadores”, a crescente erosão da confiança nas instituições e a necessidade de reconstrução das estruturas de governança do trabalho. Para a UGT, isso passa pela valorização das organizações sindicais, da negociação coletiva e de investimentos robustos em educação, capacitação profissional e inclusão produtiva.


O conceito de transição justa também permeia os debates sobre a transição verde – tema urgente diante das mudanças climáticas e da reestruturação de setores inteiros da economia. A UGT defende que nenhuma trabalhadora ou trabalhador seja deixado para trás na migração para modelos sustentáveis de produção e consumo, e que as políticas de transição ecológica estejam vinculadas à criação de empregos verdes, formais e de qualidade.


A informalidade – realidade que atinge milhões de brasileiros – também foi tratada com destaque na conferência. A OIT alertou para a importância de estratégias inovadoras que permitam a transição de trabalhadores informais para atividades formais, protegidas por lei. Para a UGT, isso só será possível com a ampliação do diálogo social, políticas públicas de incentivo à formalização e valorização do salário mínimo como ferramenta de distribuição de renda.


A delegação da UGT permanece engajada nos trabalhos da conferência, levando à arena internacional as lutas e os anseios da classe trabalhadora brasileira. A central reafirma seu compromisso com os princípios do trabalho decente, com a equidade social e com a construção de um futuro mais justo, humano e sustentável para todos.






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